BAIXADA FLUMINENSE E SUA POTENCIALIDADE ECONÔMICA E TURÍSTICA

BAIXADA FLUMINENSE E SUA POTENCIALIDADE ECONÔMICA E TURÍSTICA

Texto: Sérgio Almeida Advogado e Administrador de empresas

Muito se fala que a Baixada Fluminense é apenas uma região pobre. Na verdade a Baixada Fluminense é uma região rica com enorme potencial econômico e turístico o qual infelizmente não é explorado por nossos gestores públicos, os quais muitas das vezes não dão importância ao desenvolvimento econômico como verdadeiro gerador de riquezas e multiplicador de tributos.
Diante desse cenário atípico, surgiu a ADESBF Associação de Desenvolvimento Econômico e Social da Baixada Fluminense, associação civil sem fins lucrativos, justamente para servir de elo entre a iniciativa privada e o poder público, objetivando cobrar a execução de projetos os quais não conseguiram sair do papel justamente pela falta de uma representação da iniciativa privada que cobre de forma incisiva políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico da região, a qual apesar de possuir grande potencial econômico e turístico, se vê renegada ao descaso administrativo.
Numa economia globalizada onde a era da indústria 4.0 já se demonstra ultrapassada, a Baixada Fluminense prescinde de projetos importantes como a reabertura do Aeroporto de Nova Iguaçu, o qual apesar de possuir uma pista de 1200 metros asfaltada, às margens da Rod Pres Dutra se vê abandonada há décadas, sem que nenhuma autoridade pública pudesse promover a sua operação, a qual atrairia  investimentos, renda e maior arrecadação, sem contar com o aumento do potencial logístico da região.
Com um porto em Itaguaí; Arco Metropolitano; Rod Pres Dutra e o aeroporto de Nova Iguaçu a Baixada Fluminense torna-se um verdadeiro potencial logístico de fazer inveja a muitos países da Europa, precisando apenas receber de seus gestores públicos a atenção devida a uma região que exala desenvolvimento econômico, sem contar com seu potencial turístico ecológico da reserva biológica de Tinguá.
Com aproximadamente 11% do PIB estadual e mais de 3 milhões de habitantes, a Baixada Fluminense merece a atenção devida ao seu potencial econômico, não podendo ser desprezada como uma região sem perspectiva econômica, tratada como um feudo político de ranço coronelista, onde apenas um grupo dominante dita o futuro da região.
Um exemplo muito vivo disso, podemos identificar na comemoração dos 40 anos da FIRJAN em Nova Iguaçu, sem que tivesse um Distrito Industrial, apesar de possuir grandes empresas na região como: Compactor; Granfino e Condor.
Sem políticas de incentivos fiscais. Torna-se impraticável investir na Baixada Fluminense, considerando incentivos concedidos em outras regiões do Estado do RJ e até mesmo em outras cidades do Brasil onde se prioriza as empresas.
Infelizmente com políticas de incentivos a economia informal, a região da Baixada Fluminense se vê divorciada do contexto de uma economia globalizada, cujo alicerce principal está inserido numa era tecnológica de inteligência artificial e não mais nos laranjais do século XIX onde tínhamos charretes como meio de transporte.
Entendo que se a iniciativa privada não se fortalecer no cenário econômico da região da Baixada Fluminense, seja através de associações geridas com isenção e sem qualquer comprometimento político partidário. Poderá sim possuir destaque no cenário político e obter o devido comprometimento público com o desenvolvimento econômico e social da região.
Sem políticas sérias comprometidas com o fortalecimento da iniciativa privada, a qual gera empregos formais, potencializando toda a economia local a Baixada Fluminense infelizmente continuará sendo renegada ao fracasso social e econômico, cuja única função principal será ter um aeroporto servindo de pasto pra cavalo em pleno século XXI .
Será essa a política econômica que queremos?
A resposta é sua caro leitor!.

Por Coluna Arinos Monge em 19/05/2023
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