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Fiquei me perguntando por que no ranking mundial de acidentes, segundo a O.I.T (organização internacional do Trabalho), o Brasil está em 4º lugar, ficando atrás somente da china, Índia e indonésia. Fui buscar conhecimento sobre o tema para identificar qual nexo causal sobre esses dados que não devemos ter orgulho.
O Brasil é um pais que tem vários órgãos e setores que protegem o trabalhador, temos Ministério da Economia, o antigo Ministério do Trabalho, temos a delegacia de inspeção do trabalho. Nas empresas temos o SESMET, composto de Médicos do Trabalho, Engenheiros de Segurança do Trabalho, Técnicos em segurança do Trabalho, CIPA; temos programas educacionais voltados para proteção do trabalhador (SIPAT, boas práticas constantes, ferramentas para cada trabalhador identificar riscos, VER E AGIR), porém estamos em 4º lugar.
Um dos fatores que identifiquei foi em comparação aos países europeus, que não computam acidentes de trajetos, sem afastamento e com menos de 3 dias em seus sistemas. Já no Brasil, todos estes são computados de acordo com a C.L.T (consolidação das leis trabalhistas) e as NRs (Normas regulamentadoras). O Brasil deveria ser referência sobre o tema, entretanto não acontece.
Logo a seguir, vem os dados das ocorrências no Brasil que destacam que 88% dos acidentes são acometidos por falhas humanas. As empresas realizam Integração, treinamentos, incentivam as boas práticas, mas os acidentes continuam acontecendo, devemos parar pensar e dar um passo atrás. Quando acordarmos e abrirmos os olhos ao amanhecer, devemos de imediato nos conectar com a percepção de riscos, ela não pode ser cumprida somente porque as empresas exigem a percepção, é como nossa sombra estar sempre conosco, uma vez que ao baixar a percepção, acontece o evento indesejado.
Fazendo uma analogia, nossa constituição prevê que nosso estado é laico, cada um tem a religião que acha que deva ter, mas na segurança do trabalho não existe estado LAICO, a segurança no Trabalho é igual para todos; o indivíduo que irá escolher se está do lado mau ou lado bom.
Entende-se o lado mau, o ato de burlar procedimento, como, por exemplo, não utilizar os EPI’s, desprezar os EPC’S; em consequência, correr o risco de ficar incapacitado de forma permanente ou, em último caso, vir a óbito. Hábitos que contribuem para o Brasil ocupar posições vexatórias no ranking da O.I.T. O oposto dessas ações viciosas consiste no lado bom, formado por indivíduos que fazem o país evoluir e ser modelo de prevenção.
Por isso, pense na sua educação no trabalho, quando vir alguém em risco, não olhe para outro lado, chame-o e oriente para que esteja sempre do lado bom.
Por Roberto Luiz Costa Vaz
Técnico em Segurança do Trabalho RJ/004829.1 MTE
Watssap 97348-3612
robertosegurotrb@gmail.com
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