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Há uma Comissão Parlamentar de Inquérito no caminho da Azul. A diretoria da empresa acompanha com apreensão a CPI da TAP, instaurada pela Assembleia da República, a Câmara dos Deputados de Portugal, para apurar suspeitas de irregularidades na privatização e na gestão da companhia aérea.
A julgar pelas informações captadas de Lisboa, as investigações contra David Neeleman, ex-controlador da TAP, devem respingar na Azul, da qual o empresário é o principal acionista e chairman.
Aos olhos dos parlamentares portugueses, a coabitação societária de Neeleman criou sinuosas conexões entre as duas companhias. A CPI apura, por exemplo, em que circunstâncias se deram os empréstimos feitos pela Azul à TAP na época em que Neeleman era também o controlador da companhia portuguesa.
Ou seja: na prática, o dinheiro saiu de seu bolso direito para entrar no esquerdo. Entre os deputados portugueses, há acusações de que Neeleman teria sangrado o caixa da TAP em benefício da empresa brasileira. Hoje, a Azul tem 189 milhões de euros em créditos a receber. A dívida caiu no colo do governo de Portugal após a reestatização da TAP. O RR fez várias tentativas de contato com a Azul, mas não obteve retorno.
Essa não é a única operação cruzada na mira da CPI. Os parlamentares investigam o contrato firmado em 2016 entre as duas companhias. Na ocasião, a Azul cedeu à TAP nove turboélices ART, aeronaves que foram devolvidas recentemente. A CPI apura os termos do acordo e os valores pagos, à época, pela companhia portuguesa à sua “irmã” postiça brasileira.
Da Editoria Última Hora / RR / Imagem: Redes Sociais
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