Doador de Ramagem foi condenado por escravidão

Delegado da PF, candidato diz não conhecer o doador | Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Doador de Ramagem foi condenado por escravidão

Uma das quatro pessoas físicas que fizeram doações para a campanha de Alexandre Ramagem (PL) à prefeitura do Rio já foi condenada pela Justiça Federal por manter, em fazenda que fica em Minas Gerais, 88 trabalhadores em condições análogas à escravidão.

Galileu Cardoso Naves, que doou R$ 10 mil para o candidato do PL, e seu sócio, Manuel Naves Cardoso, foram inicialmente condenados, em primeira instância, a um ano de detenção, com base no artigo que pune o aliciamento de trabalhadores.

No julgamento do recurso, porém, receberam do Tribunal Regional Federal da 1a Região condenação a quatro anos e um mês de prisão com base no artigo 149: "Reduzir alguém a condição análoga à de escravo".

As sentenças, porém, foram anuladas - o Superior Tribunal de Justiça concordou com a tese de cerceamento de defesa e determinou a realização de um novo julgamento, que acabou não ocorrendo.

Em 1o de outubro de 2018, a desembargadora Mônica Sifuentes declarou extinta a punibilidade dos réus devido à prescrição de prazo a partir da data de recebimento da denúncia.

Ramagem disse, por sua assessoria, que não conhece o doador. A defesa de Galineu afirmou, em contato com o Correio Bastidores, que Galileu não conhece o candidato à prefeitura, "mas fez legalmente a contribuição por mera opção política".

Com informações Fernando Molica - Correio da Manhã

 

Por Ultima Hora em 05/09/2024
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