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Na segunda-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia de lançamento da política nacional de transição energética, onde fez duras críticas à privatização da Eletrobras durante seu discurso. Lula, que voltou ao cargo com a promessa de reverter políticas adotadas pelo governo anterior, descreveu o processo de privatização da estatal como um "crime de lesa-pátria".
Em seu discurso, Lula expressou seu pesar pelo estado atual da Eletrobras, comparando a importância da empresa à da Petrobras no cenário nacional. "Eu sonhei que a Eletrobras seria uma coisa tão importante quanto a Petrobras nesse país. Eu sonhei com isso. E é com muita tristeza que eu volto à Presidência da República e encontro a Petrobras privatizada. Na verdade não a privatizaram: cometeram um crime de lesa-pátria contra o povo brasileiro, entregando uma empresa dessa magnitude", afirmou o presidente.
Lula destacou a relevância da Eletrobras para projetos fundamentais de infraestrutura, como as usinas hidrelétricas de Belo Monte, Santo Antônio e Jirau. Ele criticou a visão de que o setor privado é superior ao estatal em todas as circunstâncias: "Se não fosse a Eletrobras, a gente não teria Belo Monte, não teria Santo Antônio, não teria Jirau. Então esse negócio de destruir tudo que o Estado pode fazer, achando que o setor privado é melhor, é mentira. O setor privado tem que ser bom e o Estado tem que ser bom."
O presidente também aproveitou a ocasião para criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Economia Paulo Guedes, sem mencioná-los diretamente. Lula expressou descontentamento com o discurso de não compreensão econômica adotado por alguns membros do governo anterior, referindo-se a uma postura que considera inadequada para a gestão da economia: "Eu nunca vou dizer que não sou economista, que não entendo, como tivemos alguém que dizia: ‘eu não entendo de economia’. Acha que é esperto, que é bonito falar ‘eu não entendo de economia’. E deixou um cara cuidar da economia destruindo esse país."
A cerimônia de lançamento da política nacional de transição energética marca um passo significativo para o governo Lula, que busca reposicionar o Brasil no cenário energético global, promovendo uma transição mais sustentável e eficiente em termos de energia. A crítica à privatização da Eletrobras reflete o compromisso do presidente em revisar e possivelmente reverter decisões tomadas pela administração anterior, com o objetivo de fortalecer o papel do setor público em áreas estratégicas para o desenvolvimento nacional.
Fonte: Brasil247
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