Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
Rio de Janeiro, RJ - O governo dos Estados Unidos monitorou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao longo de várias décadas, produzindo ao menos 819 documentos que somam 3.300 páginas de registros. As informações foram obtidas pelo jornalista e escritor Fernando Morais, que está escrevendo uma biografia do presidente, e divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo.
Detalhes do Monitoramento
A maior parte dos documentos foi produzida pela CIA, a agência de inteligência americana, que elaborou 613 relatórios, totalizando cerca de 2.000 páginas sobre Lula. Os registros cobrem o período de 1966 a 2019, ano em que o pedido de acesso às informações foi protocolado. Segundo Morais, os documentos incluem planos militares brasileiros, informações sobre a produção da Petrobras e detalhes das relações de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), além de autoridades do Oriente Médio e da China.
Origem e Conteúdo dos Documentos
Os primeiros registros de monitoramento datam de 1966, quando Lula ingressou como torneiro mecânico em uma fábrica no ABC Paulista e começou a participar do movimento sindical. Ele se tornou presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema em 1975. Além dos documentos da CIA, foram identificados 111 do Departamento de Estado, 49 da Agência de Inteligência da Defesa, 27 do Departamento de Defesa, oito do Exército Sul dos Estados Unidos e um do Comando Cibernético do Exército.
Processo de Obtenção das Informações
Fernando Morais e seus advogados utilizaram a Lei de Acesso à Informação americana para solicitar relatórios, levantamentos, e-mails, cartas, minutas de reuniões, registros telefônicos e outros documentos produzidos pelos órgãos de inteligência dos EUA. A equipe do escritor ainda aguarda respostas do FBI, da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) e da Rede de Combate a Crimes Financeiros. Esses órgãos têm um prazo de20 dias úteis, prorrogáveis por mais 20, para responder aos pedidos de informação.
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!