Mais Professores, menos desculpas: Será que finalmente vamos resolver a educação?

Mais Professores, menos desculpas: Será que finalmente vamos resolver a educação?

O governo tira do bolso um programa cheio de promessas para os professores. Mas, entre bolsas e descontos em hotel, será que sobra aula de qualidade?

Ah, Planalto, Planalto... Toda vez que aparece um programa "revolucionário", a gente já pega o café e senta, esperando os memes e os debates de boteco. Desta vez, o palco é da educação, e a estrela é o tal Mais Professores para o Brasil. Prometem que vai beneficiar 50 milhões! Sim, é gente pra caramba, mas a pergunta que não quer calar é: quem realmente vai ser beneficiado?

O pacote vem com tudo: provas anuais, bolsas pra tapar buraco onde faltam professores, e até um “pé-de-meia” pra futuros licenciados. E, claro, uns agrados como cartão de crédito sem anuidade e desconto em hotel. Porque, afinal, o que mais falta pro professor lidar com sala lotada e salário apertado? Um fim de semana com 10% off no resort!

E tem mais: alocar professores onde eles não querem ir, mas com uma pós-graduação de brinde. Só faltou o GPS pra chegar nas escolas esquecidas pelo Brasil. Ah, e o “portal mágico” com cursos, porque capacitação agora se resolve com um clique. Será?

Olha, iniciativa bonita no papel. Mas, entre um slide de PowerPoint e a realidade da sala de aula, a diferença é grande. Enquanto isso, a educação brasileira segue naquele esquema: professores desvalorizados, escolas caindo aos pedaços e alunos tentando aprender sem material.

Pra não dizer que não falamos de flores, até que tem umas ideias boas. Mas já aprendemos a lição: promessa de político é que nem trabalho de grupo, bonito na apresentação, mas na prática, sempre sobra pra quem tá na linha de frente. Será que desta vez vai ser diferente?

Bom, professor, se sobrar tempo entre as aulas, aproveita o desconto no hotel e o cartãozinho. Afinal, descanso é necessário. E, quem sabe, dessa vez o Brasil não aprende que educação é mais que um programa de marketing.

Por: Arinos Monge. 

Por Ultima Hora em 14/01/2025
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