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A ideia não é nova, a chama da emancipação acendeu na esteira da explosão demográfica durante os anos 80. O Plebiscito foi realizado em 1988, quando a maioria dos eleitores votou pela separação da Barra, mas o resultado não foi suficiente por falta do quórum de votantes ter ficado aquém do mínimo exigido para sua emancipação. Na oportunidade seus idealizadores culparam a ausência dos moradores, que não compareceram no pleito. “Não foi apenas erros pontuais, faltou o apoio institucional do Estado, que via o movimento como divisor político, quando o foco era empreender um projeto de qualidade de vida, já que o sistema municipal, não investia recursos, para solução dos seus principais problemas, capitaneado pelo saneamento e a poluição de suas lagoas” – explicou o ambientalista Donato Velloso, um dos integrantes da Comissão que investe na renovada proposta de emancipação.
Hoje a situação da região se agravou. A segurança e o caos urbano são preocupantes. A Barra é por excelência um destino dos moradores da cidade, que somado aos seus 650 mil habitantes, aos estrangeiros e de todo país, atinge mais de um milhão nos período de pico. Enquanto cresceu seu comércio para explorar essa avalanche de consumidores, a região que abrange Recreio, Jacarepaguá, Marambaia, até Grumari, ganhou dimensões jamais imaginadas. “Somos a região que mais valorizou e aumentou o per capita nacional” - avaliou um membro da Comissão ligado ao setor imobiliário.
No radar do empreendedorismo estão os eventos pilotados pela iniciativa privada, com shoppings, casas de shows, restaurantes (os melhores se instalaram na Barra), hospitais, academias de ginástica, quadras de esportes dotadas de infra estrutura moderna, Universidades, Condomínios de luxo, colégios, isso sem contar o moderno centro de produção televisiva, o Projak que dá suporte a TV Globo e um dos mais belos clubes sociais do Brasil, o Marina Barra Clube e o Pólo de Golfe Olímpico que se destaca pela gentileza de sua beleza naturais estando no ranking dos mais estruturados do mundo.
Paisagismo urbano para melhorar a qualidade de vida dos moradores
“Mas nem tudo, é só sucesso”. Para um dos proponentes a emancipação, o jornalista Roberto Monteiro Pinho, alguns sonhos se dissiparam, ele cita como exemplo o Parque Terra Encantada de propriedade da apresentadora Xuxa Meneguel e o CT do Zico no Recreio dos Bandeirantes, “que só resiste linkado no ideal e empreendedorismo do astro do futebol Zico, ele investiu milhões no seu projeto, a espera de uma resposta que ainda não chegou” – assinalou.
Com os 27,3 quilômetros de extensão de praia de areias límpidas, voltada para o oceano Atlântico, rios, canais e lagoas, que insere os bairros de Vargem Pequena, Grumari, Itanhangá, Camorim e Recreio dos Bandeirante, ao seu habitat natural.
O contraste entre o rico e o pobre está explícito na vida urbana da Barra, as imagens se antagonizam, enquanto de um lado a beleza natural resiste ao descaso público. “A solução para aplacar a ira da destruição, entre outros senões, é melhorar seu visual, a partir de pontos importantes no traçado urbano, ocupando espaços com mais verde”, tese defendida pela jovem paisagista Rayra Lira, responsável por centenas de mudanças do visual nos condomínios e empreendimentos da Barra. “Conheci pólos mundiais de modernidade e engajamento ao paisagismo, como Dubai, Barcelona, Nova York e Miami e vi de perto diferenças, que estão ao nosso alcance e aplicável na Barra da Tijuca, colocando o look da natureza aliado ao acervo existente, que precisa invadir o cenário e contemplar os moradores com um visual que se traduza em qualidade de vida”- destaca.
Da editoria/Imagens: Internet
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