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No último artigo, discuti a obra de Marx e havia prometido continuar essa discussão nesta semana. Aqui vamos nós, pois, os recentes acontecimentos no Brasil me levaram a refletir novamente sobre o Manifesto Comunista, afinal o espectro da direita parece pairar sobre o país mais do que nunca.
O recente episódio da tentativa de assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes revela um plano golpista com atentados que preocupam profundamente o país. Esse caso é mais um capítulo da ascensão da ultradireita no Brasil, que busca impor uma visão autoritária, xenofóbica e discriminatória.
A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal em 19 de novembro de 2024, revelou um plano sinistro que envolvia o uso de veículos oficiais do Batalhão de Ações de Comandos para monitorar e assassinar autoridades. O grupo investigado, composto por militares das Forças Especiais do Exército e um policial federal, planejava utilizar métodos como envenenamento, tiros e explosivos para eliminar seus alvos.
A história nos ensina que a ascensão da ultradireita é precedida por sinais de alerta, como o crescimento do ódio, da intolerância e da xenofobia.
É o ovo da serpente, que, se não for morto na origem, pode eclodir em uma catástrofe, vamos aprender com a história e destruí-lo antes que seja tarde demais.
No início do século XX, o ovo da serpente foi incubado na Alemanha, onde o nazismo nasceu e se desenvolveu, levando à Segunda Guerra Mundial e ao Holocausto. Na Itália, o fascismo de Mussolini também se ergueu, deixando marcas terríveis na história.
Hoje, o ovo da serpente está sendo incubado novamente. A ascensão da ultradireita em todo o mundo, desde os EUA até a Europa e a América Latina, é um sinal de alerta. A tentativa de golpe no Brasil, com o plano de assassinar o presidente Lula é apenas um exemplo.
Os sinais são claros:
- Discurso de ódio e intolerância
- Xenofobia e racismo
- Nacionalismo extremo
- Ataques à democracia e ao Estado de Direito
A luta contra a ultradireita exige uma resposta coordenada e firme. É hora de unir forças para proteger a democracia e garantir que a vontade do povo seja respeitada. É fundamental que a sociedade brasileira e os líderes políticos rejeitem essa tentativa de golpe e defendam a democracia.
É hora de reconhecer que a luta contra a ultradireita é global e exige uma resposta enérgica.
Esse crescimento da direita fascista não é exclusiva do Brasil. A eleição de Donald Trump nos EUA, a ascensão do nacionalismo na Europa e a proliferação de movimentos extremistas em todo o mundo demonstram que o espectro da ultradireita ronda o planeta.
A ultradireita busca impor sua visão de mundo autoritária, xenofóbica e discriminatória, ameaçando a democracia, a liberdade e a igualdade.
Não podemos permitir que o espectro da ultradireita continue a se espalhar. Não podemos permitir que a história se repita, nem como farsa e muito menos como tragédia (Karl Marx).
Filinto Branco - colunista político
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