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O comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, editou nesta semana uma norma proibindo que militares e seus familiares divulguem notícias falsas sobre a pandemia de Covid-19 e exigindo a vacinação contra Covid-19 e o uso de máscaras.
A orientação vai contra o que prega Jair Bolsonaro (PL). Negacionista, o chefe do governo federal e das Forças Armadas é um dos mais importantes disseminadores de desinformação sobre a pandemia no Brasil e rotineiramente faz campanha contra a imunização.
De acordo com a Folha de S. Paulo, o Exército cogita fazer um esclarecimento público sobre as diretrizes estabelecidas pelo comandante.
Militares argumentam que as diretrizes não obrigam a vacinação contra Covid, visto que o comandante deixa em aberto a possibilidade de análise de casos de não vacinados: "os casos omissos sobre cobertura vacinal deverão ser submetidos à apreciação do DGP (Departamento Geral do Pessoal), para adoção de procedimentos específicos".
O temor por um novo conflito tem motivo: em março de 2021, Bolsonaro demitiu o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e os três comandantes das Forças, desencadeando a maior crise militar desde a década de 70.
O ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, conversou com o comandante do Exército. Interlocutores dizem que não houve recomendação expressa para a confecção de uma nota com esclarecimento sobre a diretriz baixada por Oliveira. Apesar disso, o comandante pensa em divulgar nota esclarecendo que a vacinação não é obrigatória. A medida teria por objetivo diminuir a irritação de Bolsonaro. (Via Brasil 247)
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