Poemas & Poesias: Inquietações

Poemas & Poesias: Inquietações

Por: Dr. Luiz Alberto Barbosa, Juíz De Direito e Escritor. 

Distorço minhas regras, Rasgo meus limites, imito meus passos descompassados como pássaros em revoadas, acho o que em mim estava perdido, olho sem ver e caminho sem perceber para aonde vou. Chego onde nunca estive, mas não faço muita questão. Nada ali me interessa. Meu tudo agora é meu rosto retorcido no espelho em que não me reconheço. Abandonei meus sonhos dourados, minha sagrada inquietação e minhas dúvidas tão excitantes para me deixar converter (ou melhor seria acomodar) naquilo que sempre repugnei. Cai na armadilha da sociedade dominadora e me aprisionei na mesmice dos dias repetidos e sem graça. Encobri minha fraca percepção com o coberta do tédio e me afoguei na rotina. Quando vi, já tinha saído demais da trilha correta e tudo que sentia era uma vontade enorme de estancar o tempo, de corromper a morte, de flertar com a sorte e de me lançar sem restrição ou ponderação dos chatos que só pensam em si e esquecem que viver é um lapso de anos curtos e finitos. Hoje pareço comigo e acredito em mim, apesar das vozes ensurdecedoras que ousam tentar me roubar o tempo que ainda me falta.
As frustrações não me alucinam, não empurro para o fundo do rio minhas incertezas, não corto minhas asas e viajo para o meu interior em busca de ferramentas que me permitam continuar buscando por valores reais.
Que tal se começarmos a viver?

 

Por Coluna Arinos Monge em 22/09/2024
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