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Na manhã desta quinta-feira (13), um ambulante perdeu a vida ao ser atingido por uma bala perdida no Complexo do Chapadão, Zona Norte do Rio de Janeiro. Marcelo Santos Martins, de 51 anos, saía de casa para trabalhar quando foi atingido pelo disparo fatal.
O caso gerou revolta entre os moradores, que organizaram protestos na Avenida Chrisóstomo Pimentel de Oliveira no fim da manhã. Segundo familiares, Marcelo estava a caminho do trabalho e levava o almoço para sua esposa, que também trabalha como camelô, quando ficou no meio do fogo cruzado entre policiais e criminosos.
Confronto entre policiais e criminosos
De acordo com a Polícia Militar, agentes do 41º BPM (Irajá) realizavam patrulhamento na comunidade quando foram atacados por criminosos armados. A corporação informou que a área está sob ocupação permanente desde agosto de 2024 e que confrontos costumam ocorrer durante a troca de turno dos policiais.
A tenente-coronel Cláudia Moraes, porta-voz da PM, explicou que os criminosos atacaram os policiais enquanto estes se deslocavam por diferentes pontos da comunidade. "Tivemos uma entrada pelo outro lado da comunidade, pela Final Feliz, e os criminosos atacaram os policiais. Eles não revidaram e saíram pela área da Rua Rio do Pau, que tem barricadas. A informação que tivemos é que bandidos atiraram na direção do blindado, que saiu", afirmou.
Protestos e bloqueios nas vias
Em resposta à morte do ambulante, moradores organizaram manifestações na região. Pelo menos cinco ônibus e três caminhões, incluindo um da Comlurb, foram sequestrados e utilizados como barricadas por criminosos. Em determinados pontos da Avenida Chrisóstomo Pimentel de Oliveira, manifestantes incendiaram barricadas, dificultando o trânsito.
A Polícia Militar foi acionada para conter o tumulto. A Comlurb informou que os trabalhadores que estavam no caminhão sequestrado - um gari e o motorista - foram resgatados e estão em segurança. A empresa também anunciou que suspenderá os serviços na região enquanto a situação não estiver normalizada.
Impacto no transporte e na educação
O Rio Ônibus, sindicato das empresas de transporte público da cidade, informou que, além dos cinco ônibus sequestrados, seis linhas tiveram a circulação afetada. Ao todo, mais de dez coletivos foram impedidos de transitar pela região. Por volta das 15h40, a entidade comunicou que os veículos haviam sido removidos e o serviço de transporte normalizado.
Além do impacto no trânsito, a Secretaria Municipal de Educação relatou que três escolas foram afetadas pelas operações e pelos protestos.
Até o momento, a Polícia Militar não informou sobre prisões ou apreensões relacionadas ao caso. A morte de Marcelo Santos Martins segue sob investigação.
Fonte: G1
Foto: Reprodução/TvGlobo
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