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A pobreza é irmã da miséria que é companheira da violência.
Se a gente não destruir a pobreza, teremos a miséria por perto e a violência como companhia.
É como os cuidados necessários com a higiene. O acúmulo de sujeira aumenta a possibilidade de mais sujeira e a degradação do ambiente. Cada vez mais gerando altos índices de insalubridade, elevando a degradação local e todo seu entorno.
Essa degradação não se sustenta apenas no ambiente original de sua criação, e busca ampliar seu horizonte a caça de sustentação. Se alimentando do que encontra no caminho, aumentando e degradando o que vai achando pela frente.
É como a pobreza. Sustentada com objetivo de amparar o status quo de abastados sistemas, sairá de controle para alimentar a miséria gerando resultados sem precedentes.
Gerando resultados que aos poucos se sustentarão formando ambientes sem precedente equilíbrio, livres de regras consequentes e convívio salubre.
Gestos nobres gritarão em contrário ao cenário exposto a ouvidos moucos.
Os gritos aos poucos irão reduzir chegando aos poucos ouvintes dispostos que minguam aos poucos sem cessar.
A pequena horda de gritantes se calam aceitando a pequena conquista de um resumido status na borda da pobreza cercado pela miséria crescente. Vivem em um bunker de vidro envolto em uma chuva de pedras que a qualquer tempo poderá estraçalhar sua existência.
Um ato violento que se tornará um fato banal desse universo crescente.
Atos que aos poucos sairão do controle e chegarão aos poucos aos ouvidos dos sistemas que sem saber adornaram a sua existência. Atos que aos poucos incomodarão outras searas longínquas, distantes de suas bordas ordenadas e sanas.
Um fato hoje, outro nem tão distante até que os avanços dos atos começam a incomodar.
Avançam tanto até virar notícias e aumentar o incômodo. Não cabem mais no cômodo limiar das bordas da pobreza que alimentou a miséria e gerou violência.
O avanço agora é a ordeira tentativa de limpeza urbana ao caos produzido pelo descuidado equilíbrio das relações de poses e hábitos. Avançam forte, capazes de aniquilar toda a incômoda horda à vista a debelar de um tudo.
Forte limpeza. Tão forte que deu pena ver os cantos tão limpos que entenderam ser o fim.
Erraram na dose e esqueceram que a insalubre fauna já florescia a passos largos pelas gretas e frestas disponibilizadas a esmo pela necessidade da manutenção dos sistemas abastados.
Os desvalidos, envoltos em sede e socialmente famintos se rebelaram contra tudo e todos os limites.