Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
No cenário político do Rio de Janeiro, um elemento inusitado tem se destacado nas últimas pesquisas eleitorais: a paixão pelo Clube de Regatas Vasco da Gama. Em uma cidade conhecida por sua fervorosa divisão futebolística, os principais candidatos à prefeitura compartilham mais do que propostas para o futuro; compartilham o amor pelo Vasco, criando um campo comum em meio às diferenças políticas.
Os três primeiros colocados na corrida eleitoral — Eduardo Paes (PSD), Alexandre Ramagem (PL) e Tarcísio Motta (PSOL) —, além de Pedro Duarte (NOVO), revelam o amor a cruz maltina, que transcende as barreiras partidárias. Essa afinidade futebolística vem à tona em um momento de intensa disputa política, sugerindo que, no Rio de Janeiro, o futebol pode ser tão influente quanto as plataformas eleitorais.
Eduardo Paes, atual prefeito e candidato à reeleição pelo PSD, é conhecido por seu entusiasmo pelo Vasco, um sentimento que compartilha com seus concorrentes, Alexandre Ramagem e Tarcísio Motta. Ramagem, com um toque de humor, destaca "que é carioca, nasceu em Botafogo, morou no Flamengo, que todos no Rio são Fluminenses, mas sou vascaíno de coração", uma declaração que ressoa com muitos eleitores. Pedro Duarte, representando o Novo, também se alinha a essa paixão, solidificando a presença vascaína na disputa eleitoral.
Enquanto os vascaínos parecem liderar a preferência nas pesquisas, para não dizer que não tem alternativa, sobraram os Botafoguenses Marcelo Queiroz (PP) e Cyro Garcia (PSTU).
Salvador da nação Rublo Negra
Único flamenguista na disputa é o Deputado Federal Otoni de Paula, único flamenguista, negro e evangélico na disputa, reclama que "apesar de ser a maior torcida do Brasil e do Rio, o Rio de Janeiro não elege um flamenguista há mais de 30 anos e sugere que a hora é agora"
Fluminense vai ficar de bola murcha nessas eleições pelo visto.
Isso sugere uma eleição onde, além das propostas políticas, a identificação clubística pode desempenhar um papel não negligenciável na preferência dos eleitores.
A dinâmica entre política e futebol no Rio de Janeiro não é novidade, mas a predominância vascaína entre os principais candidatos à prefeitura reflete uma peculiaridade cultural que pode influenciar o ânimo e as escolhas do eleitorado. Afinal, o futebol é uma das grandes paixões do carioca, e sua intersecção com a política evidência como as identidades clubísticas podem transcender o esporte, influenciando até mesmo as eleições municipais.
Reflexões para o Futuro
Será que a paixão pelo Vasco poderá unir os candidatos em torno de propostas comuns para a cidade, independentemente de suas diferenças ideológicas? Ou será que a identificação com o clube funcionará apenas como um elemento de campanha, sem impacto real nas políticas públicas?
Enquanto os eleitores se preparam para ir às urnas, resta ver como essa afinidade clubística influenciará o resultado das eleições e, mais importante, o futuro da cidade maravilhosa.
Por Ralph Lichotti e o Vascaíno Silvio Held
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!