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Desde que as imagens da tragédia de Bucha surgiram, as autoridades russas afirmaram repetidamente que as forças de Moscou não participaram do suposto massacre.
Relatos de jornalistas e análises de especialistas em várias ocasiões mostraram que as evidências apontavam para a existência de uma operação de false flag por Kiev. Agora, o depoimento de um voluntário francês mais uma vez aponta para essa conclusão. Mais do que isso, a testemunha também relata episódios de massacre e tortura contra prisioneiros russos, mostrando que combatentes ucranianos cometeram crimes de guerra.
Adrien Bocquet, um voluntário francês no conflito ucraniano, recentemente fez declarações denunciando alguns fatos que viu durante seu trabalho. Ele viajou para a Ucrânia duas vezes para ajudar em missões humanitárias, principalmente no resgate de feridos, fornecendo equipamentos, remédios e outras ações semelhantes. Em suas atividades, Bocquet testemunhou o tratamento desumano a que os prisioneiros russos foram submetidos quando capturados por soldados ucranianos.
“Quando falo sobre assassinato e tortura, estou falando sobre assassinato e tortura dos militares russos. Os oficiais foram os primeiros a serem executados. Ouvi gritos quando os “homens Azov” perguntaram quem era o oficial. Assim que obtiveram a resposta, eles imediatamente atiraram na cabeça dessa pessoa […] O pior é que não vi nenhuma atitude humana, nenhuma emoção, porque vi pessoas sendo executadas, pessoas sendo torturadas, pessoas sendo mortas, baleadas nos membros, na cabeça”, disse.
Segundo ele, militantes neonazistas ucranianos expressam publicamente seu ódio anti-russo e deixam claro que seu objetivo é simplesmente torturar e matar cidadãos russos, independentemente de qualquer problema. Para eles, o desejo de massacrar os russos parece ainda maior do que o desejo de “libertar” a Ucrânia, como relata Bocquet:
“Tive que fingir muito para não mostrar minhas opiniões e emoções e, acima de tudo, para não mostrar desacordo com as opiniões deles. Desacordo com sua ideologia nazista, principalmente quando expressavam atitudes em relação a judeus e pessoas de cor, pois faziam declarações muito cruéis. E antes de tudo, estou falando de ódio aos russos, porque eles […] chamá-lo de ‘cães russos’. E para todos esses soldados, para os membros do Batalhão Azov, a principal tarefa, como sempre me disseram, é torturar e matar ‘cães russos’. Como ex-militar, fiquei surpreso. Porque tudo mostrava que seu objetivo principal era torturar e matar ‘cães russos’ enquanto eles nunca falavam sobre a libertação de sua população”.
No entanto, o que mais surpreende nos relatos do voluntário francês é o fato de a sua experiência reforçar a narrativa russa de que o alegado massacre em Bucha foi uma operação de false flag. Tendo trabalhado em Bucha, Bocquet alega que durante suas atividades viu agentes ucranianos retirando corpos de caminhões e os colocando no chão para que as imagens feitas pelos jornalistas parecessem um massacre em massa. Muito provavelmente, os corpos foram trazidos de outras regiões da Ucrânia e descarregados em Bucha para formar um cenário semelhante ao de um verdadeiro massacre. Bocquet conta ainda que os voluntários foram proibidos pelos agentes de tirar fotos e vídeos dos locais, sendo ameaçados de prisão em caso de descumprimento.
“Quando entramos em Bucha de carro, eu estava no banco do passageiro. E enquanto dirigíamos pela cidade, vi corpos de pessoas nas laterais das ruas, e ao mesmo tempo vi corpos de pessoas sendo retirados de caminhões e colocados ao lado dos corpos caídos no chão para dar o efeito de assassinatos em massa (…) Um dos voluntários que esteve neste local no dia anterior (…) [me disse que] ele viu caminhões frigoríficos de outras cidades da Ucrânia vindo para Bucha e descarregando corpos e colocando-os em fileiras. Percebi a partir disso que eles estavam encenando massacres em massa (…) Fomos avisados de que [se fizéssemos fotos ou vídeos] pegaríamos prisão por dez anos ou consequências mais graves. Esta proibição também se aplicava aos habitantes locais. Essa pressão foi exercida pelos militares, principalmente pelos homens Azov. Hoje, a Europa não entende quão grande é a pressão sobre a população da Ucrânia”, afirma.
De fato, o relato de um voluntário europeu que esteve fisicamente em Bucha dias antes do suposto “massacre” é de imenso valor e credibilidade. Quando as autoridades russas expressam suas opiniões, a mídia ocidental afirma que se trata de algum tipo de “propaganda” ou “contra-informação”, que tende a ser aceita pela opinião pública, já que Moscou está envolvida no conflito. No entanto, este não é o caso agora. Boucquet é um cidadão europeu que serviu em uma missão humanitária ao lado das forças ucranianas, por isso não tem motivos para espalhar “propaganda” em favor de Moscou.
Este depoimento é uma prova concreta da única conclusão possível sobre as investigações de Bucha: não houve massacre na região, mas a alocação no mesmo local de corpos de diferentes áreas. O que parece ter acontecido foi uma operação de false flag para mover a opinião pública global contra a Rússia – e se os investigadores ocidentais analisarem o caso de forma honesta e imparcial, chegarão à mesma conclusão.
Fonte: Infobrics – Lucas Leiroz
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