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O juízo da 1ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ouviu, nesta quarta-feira (24/7), sete testemunhas requeridas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em audiência de instrução e julgamento do processo no qual Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, é acusado de liderar organização criminosa em um esquema de pirâmide financeira envolvendo criptomoedas. O esquema lesou muitos clientes da G.A.S Consultoria e Tecnologia em Cabo Frio.
Ao encerrar a audiência, o juiz Gustavo Gomes Kalil designou o dia 4 de setembro, às 14h, a continuação da audiência, quando prestarão depoimentos novas testemunhas de acusação.
Dos 17 denunciados pelo MPRJ de envolvimento na organização criminosa, cinco respondem no mesmo processo de Glaidson. Na audiência desta quarta-feira, quatro participaram e um, ausente, foi representado por seu advogado. Glaidson, que está preso em presídio federal em Catanduvas (PR), participou remotamente da audiência.
A primeira testemunha a prestar depoimento foi o delegado Guilherme de Paula Machado Catramby, que falou sobre a operação que resultou na prisão do Glaidson, do modo de atuação da quadrilha, e a função de Glaidson como líder da organização criminosa.
Em seguida, o policial Marcelo Ricardo Santos da Silva falou mais das ações voltadas para a investigação do homicídio do investidor em criptomoeda e youtuber Wesley Pessano, de 19 anos, em São Pedro da Aldeia, do qual Glaidson é suspeito de participação. Segundo as investigações, Wesley seria concorrente do acusado.
Da mesma forma, o policial Carlos Magno Maurício de Souza prestou depoimento também falando de sua atuação na investigação do homicídio de Wesley.
A quarta testemunha ouvida foi o policial Rubens Barbosa da Silva, que falou sobre sua participação nas investigações das tentativas de homicídios de Nilson Alves da Silva e de João Victor Rocha da Silva Guedes. Glaidson também é acusado de ser o mandante da execução dos dois, também apontados como seus concorrentes no mercado de criptomoedas.
O policial Guilherme de Almeida Ferreri, outra testemunha arrolada pelo MPRJ, discorreu, em seguida, sobre a forma com que atuou na investigação da organização criminosa em Cabo Frio, onde Glaidson é acusado de ser o líder.
O segurança privado de banco e investidor em criptomoeda, Wellington Ribeiro Câmara foi o penúltimo a depor, negando que tivesse sofrido qualquer tipo de ameaça por sua atuação no mercado.
Encerrando os depoimentos da audiência, a diretora da Divisão de Evidência Digitais e Tecnologia do MPRJ, Maria do Carmo Gargalhone, falou sobre as técnicas de perícia utilizadas durante as investigações, pelo departamento técnico do Ministério Público.
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