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Poucos minutos depois que a acirrada eleição do primeiro turno em São Paulo ficou definida, com Ricardo Nunes (29,48%) e Guilherme Boulos (29,07%) credenciados para disputar o segundo turno, começaram as articulações dos dois candidatos a prefeito para esse novo período de campanha.
Candidato do PSOL, Boulos aproveitou o momento de consolidação do resultado para lançar um apelo ao eleitor paulistano. “São Paulo é a cidade mais rica do Brasil e da América Latina. Nossa missão é fazer com que essa riqueza chegue para todos. Não só para a Faria Lima e para a Paulista”, disse.
Para o psolista, a boa notícia foi o apoio da deputada Tabata Amaral (PSB), que chegou em quarto na votação deste domingo (6). “Eu vou votar em Guilherme Boulos porque eu não consigo e não conseguiria jamais colocar o meu voto em um projeto liderado por Ricardo Nunes. Mas saibam, eu e Guilherme Boulos representamos projetos absolutamente diferentes para São Paulo e para o Brasil”, afirmou.
Pelo lado do emedebista Nunes, o grande reforço é Jair Bolsonaro, que prometeu participação bem mais efetiva agora, diferente do primeiro turno, quando deu apoio discreto. “Vou entrar de cabeça, porque antes havia uma dúvida se eu entrando de cabeça poderia atrapalhar. Mas entendo que agora os votos do Marçal, de direita, vão migrar para o Nunes”, anunciou.
O autodenominado coach Pablo Marçal, autor de crime de falsificação de documento contra Boulos na campanha de primeiro turbo, indicou que no segundo turno pode apoiar Ricardo Nunes, a quem costuma chamar de fraco e “bananinha”. Mas condiciona o apoio à encampação de algumas de suas propostas, como a construção de escolas olímpicas e o ensino de educação financeira nas escolas.
Marçal disse que a partir de agora se empenhará em apoiar candidatos a prefeito contra adversários comunistas em todo o Brasil — durante a campanha, ele chegou a classificar Ricardo Nunes como comunista.
Institutos projetam 2º turno
Os institutos de pesquisa mostram que não será fácil para Boulos a missão de vencer Nunes nessa segunda votação. Segundo o último levantamento do Datafolha, o atual prefeito apresenta uma vantagem de 15 pontos percentuais sobre o candidato do PSOL.
Pelo instituto Quaest, a diferença a favor de Nunes é ainda maior: 18%.
A menor diferença no segundo turno a favor do emedebista é a registrada na pesquisa AtlasIntel, em que aparece com 9% à frente do psolista.
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