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O Rio de Janeiro começa a experimentar, uma possibilidade de mudança na sua condução política, mas capitaneada por velhos conhecidos do povo fluminense.
A ascensão de Witzel, puxada por Bolsonaro no plano nacional, mesmo após o impeachment deste, que foi o primeiro na história de um governador eleito no estado do Rio de Janeiro e mesmo a derrota de Bolsonaro na eleição passada para Lula, que marcou a simbologia do primeiro presidente não reeleito, ao disputar sua reeleição após a redemocratização no Brasil, sinalizava uma tendência da centro - extrema-direita na poder com a reeleição de Cláudio Castro, em primeiro turno, na última eleição…
Mas como o tempo, as coisas mudam e novos ventos, trazem velhas e conhecidas pessoas do jogo da política, que podem redesenhar a conjuntura, mostrando que tudo é possível.
Governar o estado do Rio de Janeiro, nunca foi uma tarefa fácil, e com a judicialização da política a tarefa parece mais complicada ainda.
Faltando pouco mais de um mês para as eleições municipais, a tendência mostra uma possibilidade de guinadas para a centro-esquerda, em alguns municípios-chave e a consolidação de um “player importantíssimo no interior do estado (já vamos falar dele) que pode ser decisiva para o fechamento dessa conta.”
Faltando dois anos, o governo Cláudio Castro, parece estar no início mesmo do seu fim, com uma disputa de poder que aponta para o futuro, tendo o presidente da ALERJ, o deputado estadual Rodrigo Barcellar em uma ponta, disposto a tudo, para ser o próximo candidato da máquina, a ocupar a cadeira do líder máximo do estado.
Sanguíneo e hábil, ele tenta atrair aliados ao seu projeto de muitas formas, aventando inclusive a possibilidade de disputar a eleição, como "uma reeleição", sim, cogita - se a saída do atual governador Cláudio Castro, que seria candidato a deputado em um acordo de eleição, a ida do seu atual vice Thiago Pampolha do MDB para uma vaga que será aberta no TCE (apesar desse ainda afirmar que é pré-candidato a Governador) e uma caça ao centro para o seu nome de vice.
Na capital a tendência mostra a fatura praticamente liquidada a favor do atual prefeito Eduardo Paes, com uma vantagem acachapante sobre seus oponentes.
Caxias e Nova Iguaçu, mostram uma possibilidade real de vitória da centro-esquerda e do PT, com o “eterno José Camilo Zito agora no PV, ressurgindo das cinzas "pronto para mais uma vez comandar Duque de Caxias" e Tuninho da Padaria do PT (lutando para ir ao segundo turno).
Dispostos a mudar isso estão Clebio Jacaré apoiado por Bacellar, mas que enfrenta o indeferimento de sua candidatura na justiça, e de Dudu Reina que é apoiado por outro pré-candidato a governador Deputado Luizinho e a máquina, (uma prova que transferência de votos é muito difícil e a política complexa, já que ele é o candidato de quase todo mundo político Iguaçuano e do prefeito Rogério Lisboa que é muito bem avaliado), deixando uma sensação de batalha dura para todos até a decisão no segundo turno.
Em Caxias Washington Reis, que lidera a família e seu sobrinho Netinho, tentam não amargarem essa dor, derrota essa que ele mesmo já sofreu para Zito há alguns anos atrás.
Campos no interior, com Wladimir Matheus Garotinho PSD, e Garotinho ressurge como vereador do Rio e pode dar trabalho em 2026 também, em Niterói com Rodrigo Neves e franco favorito no PDT, Japeri com Fernanda Ontiveros, Paracambi com Andrezinho Ceciliano ambos podem avermelhar com o PT e Maricá de Quaquá e João Maurício PT, em Petrópolis com Rubens Bomtempo PSB na disputa ferrenha com Yuri PSOL e Hingo Hammes do PP, podem ajudar nessa mudança tendendo a centro-esquerda.
O Bolsonarismo mesmo forte, encontra-se em um momento de dificuldades, pois Ramagem PL na capital, é “natimorto para o que representa”, só em São Gonçalo com Capitão Nelson PL e com Márcio Canela União Brasil em Belford Roxo, vemos esse viés Bolsonarista raiz.
Glauco Kaizer União Brasil e seu Vice Zaqueu Teixeira Solidariedade, mesmo no partido de Rodrigo Barcelar e com o apoio do Governador Cláudio Castro, tem um viés progressista e podem vir para o campo de Eduardo Paes PSD, o mesmo ocorre em São João de Meriti, onde uma disputa apertadíssima ocorre entre Valdecy da Saúde PL, Léo Vieira do Republicanos e o Ex-Deputado Marcos Müller.
Aureo Ribeiro 'O Cara'
Nesse cenário, uma figura importante da política fluminense e nacional, o atual líder da bancada fluminense de deputados federais Aureo Ribeiro é uma figura central presente em quase todos municípios.
Na capital ele apoia Eduardo Paes de quem é amigo pessoal há anos, em Caxias sua companheira Aline do Aureo é a candidata a Vice na chapa de Netinho Reis, e em todos os municípios da região metropolitana ele e o seu partido Solidariedade ou são candidatos a vice, ou tem muita influência e relação, independente de vá ganhar a disputa.
Mas é no interior do Estado que sua força se consolida mais, já que Aureo com seu jeito acolhedor, simples e de liderança política antiga, tem a lealdade e o voto da maioria dos prefeitos e consequentemente dos eleitores dessas cidades.
Aureo pode consolidar ainda mais seu poderio no estado do Rio de Janeiro, o que pode lhe valer a vaga de candidato a Vice-governador ou Senador da república em 2026, seja na chapa de Eduardo Paes ou de Rodrigo Barcellar.
Aureo conta hoje com um carinho e uma aproximação importante com o presidente Lula, o que pode lhe valer também, ainda no fim desse ano, um convite na esplanada dos ministérios, já que sendo líder do Solidariedade na Câmara e do chamado blocão (centrão), ele tem sido uma ponte importante entre o governo e o congresso. Sobre ministério ele a pessoas próximas desconversa, diz que não se escolhe ministério, apenas se diz sim ou não, ao convite recebido.
Mas dizem que os ministérios da Agricultura, Ciência e Tecnologia ou Esportes, “ele dificilmente recusaria.”
Ele por estar seguramente hoje entre os 20 deputados federais mais influentes, é uma das figuras centrais na eleição da nova mesa diretora e do presidente da câmara, sendo inclusive apontado como um dos possíveis nomes à sucessão do atual presidente Arthur Lira, Aureo Ribeiro seguramente é “O Cara ou um dos pouquíssimos caras.”
O pós 06 de outubro, o pós-urna, promete no Rio de Janeiro. Teremos um final de ano muito agitado na política, peguem seus votos, suas fichas, porque a política fluminense é um jogo que está a todo vapor.
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