30 Anos do Tetra: Branco fala com emoção Gol contra a Holanda que levou o Brasil à glória e homenageia Ayrton Senna

  O Jornal da República e o Última Hora Online trazem uma entrevista especial diretamente de Miguel Pereira com um dos maiores ídolos do futebol brasileiro e mundial, o tetracampeão Branco. Conhecido por seu gol decisivo que ajudou o Brasil a conquistar o título mundial, Branco compartilhou momentos emocionantes e lembranças de sua carreira inesquecível.

É um prazer falar com você, Branco. Se não fosse aquele gol, o Brasil não teria sido campeão do mundo e o Romário não seria senador. Foi um momento espetacular, completamos recentemente 30 anos daquela conquista marcante. O Brasil não ganhava o Mundial há 24 anos. Graças a Deus, deixamos um legado positivo, não é mesmo?

Com certeza, positivo! Ficamos marcados na história e na memória dos torcedores brasileiros. Eu tinha 14 anos quando assisti a todos os jogos e chorei com o Brasil campeão. Uma imagem que ficou marcante foi você correndo em direção ao banco após o gol, apontando. Você pode nos contar para quem você estava apontando?

Naquela realidade, eu tive uma contusão muito séria no início do Mundial, uma inflamação no ciático, quase fui cortado. O departamento médico, com o finado Dr. Toledo, o preparador Luizão, o massagista Cláudio, e o fisioterapeuta me sustentaram. Parreira, como técnico, e Zagallo, como coordenador, me deram apoio. Fiz tratamento até de madrugada. Ironia do destino, prometi um gol para eles e Deus me abençoou. Aquele gol não só homenageou o departamento médico, mas também fez o Brasil passar à semifinal, sendo um dos jogos mais importantes tecnicamente no Mundial, Brasil e Holanda com cinco gols.

A união do grupo foi notável. Até mesmo o Ricardo Rocha, seu grande amigo, com um problema sério, não foi cortado e ficou por conta de sua liderança. Como você vê essa união hoje?

O Ricardo Rocha é um cara muito positivo. Mantemos a união até hoje, temos um grupo no WhatsApp. Nos encontramos recentemente no Rio para festejar os 30 anos. Criamos uma grande família, uma amizade sólida e pura. Recentemente, homenageamos Ayrton Senna nos 30 anos do Tetra. Ele deu o pontapé inicial no jogo França e Brasil e fizemos um pacto de sermos tetra, ele nas pistas e nós no campo. Infelizmente, o acidente tirou a vida dele, mas aquela vitória foi uma forma de homenagem.

Por Jéssica Porto e Robson Talber/ Repórter Rodrigo de Freitas
 

 

 

Por Ultima Hora em 31/07/2024
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