A Censura e ditadura do politicamente correto implantada pelas minorias no Brasil

Por Ralph Lichotti - Advogado e Jornalista

A Censura e ditadura do politicamente correto implantada pelas minorias no Brasil

O que seria hoje "Os Trapalhões", todos os personagens de "Chico Anysio", as entrevistas de "Jô Soares" e tantos outros intelectuais que alegraram o Brasil durante as décadas de 80 e 90, certamente seriam réus condenados. Os valores mudaram e a ditadura do politicamente correto se contrasta, entre o discurso e a prática tanto da direita, como da esquerda.  

Com a posse de Lula em janeiro de 2003, os movimentos sociais começaram um verdadeiro caça as bruxas cultural no Brasil, uma espécie de "Revolução Cultural" tupiniquim, de repente não se podia fazer e rir mais de piadas de "gênero", "raça" e "cor", o palavrão passou a ser proibidos e discriminações comuns nos períodos da ditadura militar, passou a ser crimes inafiançáveis, tanto para justiça, tanto para maioria da opinião pública.

O governo petista precisava ocupar espaço, e em 2003 com pouca gente qualificada, trouxe para o núcleo duro do governo suas maiores lideranças dos movimentos sindicais e sociais, quase que viciadas em discutir e debater a política miúda de seus setoriais.

Com pouco conhecimento de gestão pública pragmática, muitos dessas lideranças, se lambuzaram do poder para impor suas próprias inspirações do correto e do errado, sem levar em conta que estavam abandonando muitas vezes suas bases e bandeiras classistas, o resultado disso se enxerga na corrupção e falta de democracia na base sindical e estudantil, que hoje perdeu o que tinham até 2003, o apoio do chão das fábricas e do poder de mobilização, principalmente dos jovens, a UNE e Centrais Sindicais sequer são reconhecidas hoje como legítimos representantes, perante os trabalhadores e estudantes.

Até 2016 e o impeachment de Dilma, os movimentos das minorias ditavam as regras e costumes do politicamente correto no país de dentro do palácio, pois estava a economia bombando e Lula tinha aprovação popular recorde, assim foi fácil para as feministas, movimentos LGBT e anti racistas, etc, imporem suas pautas, e quando o congresso conservador e com muita representação da bancada religiosa resistia, os movimentos empoderados se valiam do ativismo judiciário, principalmente do STF, que na omissão do poder legislativo.

Os Tribunais impunham as suas regulamentações conforme o movimento das minorias barulhentas pediam independente do que o congresso achava, exemplo foi a ADI 4277 que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a União entre pessoas do mesmo sexo, que como advogado no processo li a transcrição da conversa dos parlamentares e nada adiantou, pois para os ministros a vontade dos constituintes originários não se fazia mais presente nos dias atuais, e, na verdade, a sustentação no STF passou a ser mera formalidade e teatro faz tempo, pois quase na totalidade das vezes os excelentíssimos ministros, já estão com seus votos prontos antes do julgamentos, e, na prática, nunca o mudam, independente das belíssimas sustentações, adornos e berloques dos digníssimos advogados.

Fato que para afrontar o Judiciario e o Movimentos das Minorias, a bancada de oposição tranca a pauta, e agora 10 anos depois trás a tona no Congresso Nacional a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo, já decidida no STF, para estéria dos movimentos LGBT, que estão procurando novamente depois de 4 anos voltar as entranhas do poder, o que é legítimo pois a união da minorias que formaram a maioria para eleger Lula novamente.

Não se pode negar que o governo petista trouxe muito avanços necessários na pauta social, principalmente no que diz respeito aos direitos legítimos de igualdade das mulheres, e dos negros, mas houve muitos abusos principalmente do terceiro setor, que com suas Ongs abocanhavam parte do orçamento e não faziam as entregas prometidas, trazendo um desgaste incomensurável ao governo Dilma, que como não conseguia mais entregar o avanço econômico de Lula, fez nascer lideranças como Bolsonaro, que se aproveitou dos descontentamento, para se firmar líder em briguinhas com setoriais e bandeiras das minorias petistas.

A verdade é que império do bem, e o domínio do politicamente correto cresceu sem parar, enquanto o país estava economicamente bem. E o homem contemporâneo passou a viver perdido na ditadura dos clichês, no culto da bondade que avançou sem limites sobre as vidas dos brasileiros no governo petista e o direitos da minoria passou restringir as liberdades da maioria, fazendo surgir e ressurgir velhas lideranças machistas e preconceituosas como verdadeiros mitos da resistência de um país, que passou a ser chato e vigiado pelo politicamente correto, muitas vezes hipócritas. 

Porém, quando veio a crise econômica no final do primeiro governo da Dilma, o povo que já não aguentava mais a programação chata da TV, sem as piadas e brincadeiras dos "Os Trapalhões", "A escolinha do Professor Raimundo", "Programa Jô Soares", "Casseta & Planeta", "Show da Xuxa", entre outros, e começa a se rebelar e daí surge um herói que fala a língua da malandragem carioca, um deputado da raia miúda, sem projetos, mas que tem coragem de falar o que todos passaram a ter medo de falar, diante a tirania mais perversa de censura do país, porque ela era exercida em nome do Bem, ou seja, a ditadura do bem, num país controlado por corruptos, em todas as esferas dos 3 poderes.

Esses falsos moralistas que se enfiaram na corrupção, assim como seus predecessores vindo de autoritárias ditaduras, monarquias, fascismos e comunismo, passou a negar os direitos básicos de expressão do indivíduo, e passou a fazer isso de uma maneira totalmente nova: com um sorriso no rosto, um ar festivo, e o braço do judiciário, tecnocrata e positivista do modo que lhe convêm.

Isso fez criar ojerize da maioria do povo conservador e surgir a onda Bolsonarista que lavou o Brasil de norte a sul nas urnas, elegendo e trazendo de volta ao poder, os militares que não colocavam sua cabeça de fora desde o fim da ditadura e da vexaminosa Anistia ampla, geral e irrestrita brasileira, que livrou milhares de corruptos, assassinos e torturadores de responderem por seus crimes.

A verdade é que no fim do Governo Dilma em 2016, já não havia mais lugar para a razão. Não se podia questionar nada, alguns valores impostos passaram ser como dogmas nas Cruzadas religiosas e militares, ocorridas entre os séculos XI e XIII.

O pior é que a história mostra que nenhum dogma ou lei são claros, há não ser em seu tempo, basta lembrar que ter muitos escravos no Brasil, era requisito sine qua non, para ter créditos aprovados nos bancos do período imperial, basta lembrar que enquanto era útil e interessante a classe dominante, manteve-se Lula preso, sendo tudo revisto pelo próprio judiciário que o prendeu, só a partir do momento em que Bolsonaro se mostrou um verdadeiro desastre na administração e principalmente na política e acerto com os poderes legislativo e judiciario. 

Vamos olhar na sua cara e decidir na hora o que fazer com você! Assim é em qualquer ditadura e na falsa política do Império do Bem, toda legitimidade vem do coração, e o coração encobre a corrupção dos seus, pergunta para a família de algum miliciano, bandido ou corrupto se eles merecem morrer, é obvio que eles dirão que não. Ora, o coração tem razões que a razão ignora. Neste cemitério de inteligência, há apenas uma tábua de salvação: a sátira e o riso e esses foram velados.

Os jornalistas por exemplo, não podem ser taxados, por opinião, e atualmente no Brasil alguns são e são julgados como inimigos da direita ou da esquerda, como se fossem os jornalistas obrigados a ser como blogueiros e ter um lado, passando esse a perder seu maior poder o de questionar a todos para informar a verdade, sem fake news e sem ter que agradar algum lado, apresentando apenas um exame fundamental e crítico das ideias centrais.

"No cinema: É um pássaro? É um avião? Não, é o Super-Homem. No Planalto: É uma penosa? É uma enceradeira? Não, é a Sônia Braga." Zózimo Barrozo do Amaral

Teoria desagradável para alguns, quase profética para outros. Cabe a nós entendermos todo o processo para tentar impedir o avanço dessa marcha em direção a uma onda cada vez maior do grande e bom autoritarismo, seja da esquerda, seja da direita, seja das minorias unidas, ou seja, da maioria calada, se refugiando em igrejas e soluções que vem do céu, fazendo surgir falsos líderes como Bolsonaro e cia, pois toda unanimidade é burra, e a direita deve existir para podar a ganância da esquerda e frear a corrupção e abusos inerentes aos homens comuns empoderados e vice-versa.

OS TEMPOS SÃO OUTROS, OS ERROS NÃO PODEM SER OS MESMOS

Estamos vivendo hoje no Brasil a chamada “era dos direitos”.

Mais não foi sempre assim, o grande filosofo Hegel dizia que “o resultado é inseparável do processo que o criou”, ou seja, só conseguimos explicar o que acontece hoje se fizermos uma profunda análise sobre o passado. Logo, só seremos verdadeiramente livres e independentes quando conhecermos a realidade que vivemos e, para isso precisamos conhecer a história da sociedade em especial da sociedade brasileira nos 35 anos da nova constituição.

Hoje passado 4 anos de um governo onde quase 10 mil militares estavam nomeados e que acabou com a história de minorias controlarem o governo, a não a minoria dos militares que detém o monopólio das armas e segurança pública, volta ao poder com Lula, a minoria unida e o velho discurso do politicamente correto.

A gente vive o que é possível em cada fase da História, esperamos que a hipocrisia do discurso bonito saia do papel desta vez, pois o Brasil está tomado pelo crime organizado, milícias e facções e agora bem mais armadas, e este mecanismo paralelo criminoso chega com voz e braços no congresso e alguns governos executivos estaduais e municipais.

Ou se faz a grande política e alavanca a economia, a geração de empregos e a educação, e deixa os discursos moralistas para depois, ou surgirão novos Bolsonaro, para acabar com o falso politicamente correto, que mantém o Brasil na pobreza e sem seus comediantes na TV.

Da Editoria Última Hora Online

https://www.ultimahoraonline.com.br/admin/editor/ckeditor/uploads/images/03c2420bbc0d045de3d323a8824becae.jpgPor Ralph Lichotti - Advogado e Jornalista, Foi Sócio Diretor do Jornal O Fluminense e acionista majoritário do Tribuna da Imprensa, Secretário Geral da Associação Nacional, Internacional de Imprensa - ANI, Ex-Presidente da Comissão de Sindicância e Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa - ABI - MTb 31.335/RJ

 

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Por Ultima Hora em 04/11/2023
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