A eleição da confusão: Mortes, prisões e justiça Impedindo a posse de prefeitos

A eleição da confusão: Mortes, prisões e justiça Impedindo a posse de prefeitos

Entre mortes inesperadas, prisões e embates judiciais, 24 prefeitos eleitos de 2024 ficaram de fora da posse. A democracia se transformou em um verdadeiro caos, e a posse virou uma grande novela de imprevistos.

A eleição de 2024, que prometia ser um marco na política, acabou se transformando em um show de surpresas nada agradáveis. Três prefeitos eleitos – de Arroio dos Ratos (RS), Augusto Pestana (RS) e Cabreúva (SP) – não chegaram a tomar posse por motivos de força maior: faleceram de causas naturais logo após a vitória. Isso mesmo, a democracia teve que ser interrompida pelo inusitado. Nos três municípios, os vice-prefeitos foram chamados a assumir os cargos.

E se você achava que a coisa ficava por aí, se enganou! Em outras 21 cidades, a posse dos prefeitos eleitos foi barrada pela Justiça até o dia 1º de janeiro.

Em Santa Quitéria (CE), o prefeito José Braga Barrozo, do PSB, foi preso horas antes da cerimônia, acusado de envolvimento com facções criminosas que estariam por trás de sua campanha. Já em Choró (CE), o candidato Bebeto Queiroz, também do PSB, teve a posse suspensa no dia da cerimônia e ainda tem um mandado de prisão em aberto.

Em ambos os casos, a solução foi quase teatral: os presidentes das câmaras municipais assumiram interinamente as prefeituras, cumprindo o protocolo da legislação quando o prefeito eleito não pode tomar posse. Agora, resta esperar que a Justiça decida o futuro dessas cidades ou, quem sabe, convoque novas eleições.

Enquanto isso, a política se transforma em um verdadeiro “faça você mesmo”, com os vereadores assumindo cargos de prefeito por conta de uma avalanche de imprevistos.

E a lista não para por aí! Municípios como Bandeirantes (MS), Bocaina (SP), Bonito de Minas (MG) e muitos outros viram seus prefeitos eleitos barrados pela Justiça. E o que parecia ser uma vitória eleitoral virou uma verdadeira corrida para ver quem assume o comando, com o toque de ironia de uma democracia que, aparentemente, não sabe quem realmente tomará posse.

Por: Arinos Monge. 

Por Ultima Hora em 02/01/2025
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