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Nos últimos anos, o papel das mulheres na política brasileira tem ganhado visibilidade e força. Apesar de uma trajetória ainda marcada por desigualdades, a presença feminina em cargos de liderança e nas eleições se tornou essencial para a promoção de uma democracia mais representativa. As eleições municipais de 2024 em Duque de Caxias ilustram esse avanço, com as duas principais candidaturas à prefeitura trazendo mulheres como vice-prefeitas: Aline do Áureo, ao lado de Netinho Reis, e Aline Rangel, na chapa de Zito.
Esse cenário chama atenção não apenas por marcar uma mudança em termos de representatividade, mas também por seu impacto no eleitorado feminino. Em uma cidade que, como grande parte do Brasil, tem na sua base uma maioria de eleitoras mulheres, as candidaturas de Aline do Áureo e Aline Rangel ressoam de maneira particular, trazendo à tona discussões sobre o espaço da mulher no poder, suas demandas e a necessidade de políticas públicas que contemplem suas realidades.
A representatividade feminina na política é um fator fundamental para fortalecer a democracia. Historicamente, a mulher foi relegada a papéis secundários ou simbólicos, sem, de fato, exercer poder ou influência nos processos de tomada de decisão. Com a crescente inserção de mulheres em cargos de relevância, como as vice-prefeituras, as discussões sobre igualdade de gênero, políticas para a saúde da mulher, combate à violência doméstica, entre outros temas, podem ser trazidas à luz de forma mais efetiva.
Além disso, a presença de Aline do Áureo e Aline Rangel nas chapas majoritárias não apenas inspira, mas também desperta reflexões no eleitorado feminino. As mulheres se veem representadas e tendem a sentir que suas necessidades podem ser mais ouvidas. Em uma sociedade marcada por desigualdades de gênero, essa identificação pode gerar uma mobilização significativa nas urnas, influenciando diretamente o resultado das eleições.
No entanto, é necessário refletir: essa representatividade, por si só, garante que as demandas femininas sejam atendidas? A presença de mulheres nas chapas precisa ser acompanhada de compromissos concretos com as causas que afetam as mulheres no dia a dia. Assim, o eleitorado feminino deve avaliar não apenas a simbologia dessas candidaturas, mas também as propostas reais e efetivas que cada uma delas carrega em relação às suas pautas.
A política de Duque de Caxias vive um momento singular, onde as mulheres têm a oportunidade de ganhar voz em uma das eleições mais competitivas da região. A decisão que será tomada nas urnas não refletirá apenas um cenário político, mas também um posicionamento da sociedade sobre o papel das mulheres no poder e na construção de uma cidade mais inclusiva e justa.
Que essa eleição seja um marco para a representatividade e para que, de fato, as mulheres continuem avançando não apenas nos palanques, mas nas decisões que moldam o futuro de todos.
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