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Matematicamente, não resta qualquer dúvida de que R$ 4,00 é melhor do que R$ 7,50, porém, o que me causa estranheza é o fato de a Prefeitura do Rio não contestar esse valor arbitrado, depois do parecer do grupo de trabalho do próprio município, que envolveu a Controladoria Geral e Procuradoria Geral, além das Secretarias de Transportes, CET-RIO, Fazenda, Ordem Pública, Infraestrutura e Conservação. Os estudos demonstram que uma tarifa de R$ 2,30 a R$ 3,00 seria suficiente para garantir a operação da via.
Quanto ao retorno econômico da concessionária, esse já foi pago há muito tempo e os cariocas sabem disso. O valor de R$ 4,00, foi fruto de uma decisão de hoje do STF, é provisório e durará por 90 dias até a conclusão da perícia judicial relativa ao reequilíbrio econômico e financeiro. É necessário que a prefeitura explique por que aceitou esse valor, sabendo que ele continua acima do padrão revelado pelo estudo técnico da própria prefeitura.
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Pelo menos, para mim, isso ficou bastante confuso, já que os resultados destes mesmos estudos servirão como referência para análise.
É importante ressaltar que estamos enfrentando uma pandemia e que toda a população tem sofrido economicamente com seus profundos impactos.
A redução da tarifa a um valor justo não apenas atinge aos indivíduos, mas também contribui com a recuperação econômica da cidade e com o esforço coletivo que vem sendo feito para que possamos reverter essa realidade.
A LAMSA tem dificultado muito essa conciliação. A luta não tem sido fácil, mas não descansaremos enquanto não atingirmos o valor que consideramos justo: o valor revelado pelo estudo técnico da prefeitura.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.
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