A Retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris

Por Carlos Arouck

A Retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris

A retirada de um país do Acordo Climático de Paris tem sido defendida por alguns setores como uma forma de economizar recursos significativos para a economia. Nos Estados Unidos, por exemplo, argumenta-se que essa decisão poderia resultar em uma economia de mais de um trilhão de dólares. O raciocínio é que os compromissos assumidos no tratado acarretam altos custos para as indústrias, especialmente as ligadas a combustíveis fósseis, devido às regulamentações ambientais. 

A medida suscita questionamentos sobre seus impactos econômicos, ambientais e geopolíticos a longo prazo.

A saída do acordo  demanda um estudo sério sobre o aumento nas emissões de gases de efeito estufa, que poderia agravar as mudanças climáticas. 

Especialistas alertam que os custos indiretos relacionados a eventos climáticos extremos, impactos na saúde pública e perda de biodiversidade podem superar os benefícios econômicos imediatos. 

Além disso, abandonar o tratado pode ser visto como uma revisão dos estudos globais contra o aquecimento global, com potencial para desmotivar outros países a perseguirem metas climáticas ambiciosas.

Por outro lado, defensores da saída argumentam que reduzir as exigências do acordo proporcionaria alívio financeiro imediato, especialmente para setores industriais afetados por normas rigorosas. No entanto, há quem ressalte que investimentos em energia limpa e práticas sustentáveis podem, a médio e longo prazo, gerar empregos e impulsionar a inovação tecnológica, compensando os custos iniciais de adaptação a uma economia de baixo carbono.
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Outro ponto a ser considerado é o impacto na imagem internacional de um país. A decisão de abandonar o Acordo de Paris pode enfraquecer sua posição em negociações globais e gerar tensões diplomáticas e comerciais, especialmente em um cenário em que a maioria das nações e empresas está se comprometendo com metas climáticas mais ambiciosas.

Por fim, a alegação de economizar um trilhão de dólares é controversa e depende de projeções econômicas que desconsideram uma ampla gama de fatore o mesmo acontece com as emissões de carbono. O debate sobre a retirada do Acordo de Paris vai muito além das cifras e envolve questões ambientais, econômicas e estratégicas que moldarão o futuro global.

Por Ultima Hora em 22/01/2025
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