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Depois do escândalo do filé mignon uísque e outros luxos em um país que grande parte da população busca alimentação no lixo, agora é a “saúde sexual” das tropas do presidente de extrema-direita, Jair Bolsonaro que merece atenção especial do "mito".
O Ministério da Defesa aprovou a compra de 35.320 comprimidos de Viagra, remédio que costuma ser usado para tratar disfunção erétil, para atender as Forças Armadas. A Marinha e a Aeronáutica informaram à colunista Bela Megale, do jornal O Globo, que as licitações visam o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP).
O setor que encomendou mais unidades do medicamento foi a Marinha, com 28.320 comprimidos. Outras 5 mil unidades foram aprovadas para o Exército e 2 mil, para a Aeronáutica. O remédio é identificado pelo nome do princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato (Viagra), nas dosagens de 25 mg e 50 mg.
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou, nesta segunda-feira (11), um requerimento pedindo explicações à pasta sobre a encomenda do produto. No Portal da Transparência e no Painel de Preços do governo federal, o parlamentar identificou oito processos de compra realizados em 2020 e 2021 e ainda em vigor neste ano.
“Precisamos entender por que o governo Bolsonaro está gastando dinheiro público para comprar Viagra e nessa quantidade tão alta. As unidades de saúde de todo o país enfrentam, com frequência, falta de medicamentos para atender pacientes com doenças crônicas, como insulina, e as Forças Armadas recebem milhares de comprimidos de Viagra. A sociedade merece uma explicação “, declarou o parlamentar.
Elias Vaz promoveu um levantamento sobre os gastos milionários que o Ministério da Defesa, ainda comandado por Walter Braga Netto (PL), fez em itens como picanha, salmão e filé mignon, entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022. O parlamentar afirma que os processos ocorrem mediante pregão ou dispensa de licitação. “É vergonhoso”, afirmou o deputado goiano.
Braga Netto é o provável vice do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano. Sob sua gestão, a Defesa teve processos que totalizam 25,3 milhões de reais para a compra de 557,8 mil quilos de filé mignon. O produto foi destinado à Marinha, à Aeronáutica, ao Exército e à Indústria de Material Bélico do Brasil.
Também há registro de 373,2 mil quilos de picanha no valor de 18,7 milhões de reais. Além de 254 mil quilos de salmão a 12,2 milhões. Ao todo, os processos de compra desses três itens somam 56 milhões de reais, de acordo com o levantamento de Elias Vaz. (Do Diário do Centro do Mundo)
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