Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
Polêmica Prisão de Agricultor no Paraná: Secretário de Segurança Pública defende ação da PM, enquanto vídeo da abordagem levanta questionamentos sobre proporcionalidade
Policial ameaça homem que filmava
Um incidente envolvendo a prisão de um agricultor em Reserva, região central do Paraná, gerou controvérsia e debate sobre o uso da força pela Polícia Militar. Clairton Luiz Dalzoto, de 52 anos, foi detido após pedir para passar com seu trator em uma área bloqueada por viaturas policiais, resultando em uma abordagem que foi gravada e amplamente divulgada.
O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, defendeu a ação policial, afirmando não ter visto excesso na abordagem. "Eu vejo policiais tentando imobilizar uma pessoa que está alterada, uma pessoa de porte físico, e tentando acalmar uma família", declarou Teixeira em entrevista à RPC.
O incidente ocorreu quando policiais chegaram à propriedade para cumprir um mandado de prisão contra outra pessoa. Dalzoto, que não era o alvo da operação, pediu que as viaturas fossem removidas para que pudesse passar com seu trator. Após insistir, foi acusado de desacato e recebeu voz de prisão.
O vídeo mostra uma abordagem intensa, com três policiais tentando imobilizar Dalzoto, que repetia "eu quero trabalhar". Um quarto policial, com o rosto coberto, aplicou um "mata-leão" no agricultor. A ação durou mais de dois minutos, terminando com Dalzoto imóvel e sendo levado pelos policiais.
O secretário Teixeira defendeu o uso do "mata-leão", argumentando que era necessário para evitar técnicas que poderiam causar fraturas. "Se eles não fizessem isso, talvez tivessem que utilizar alguma outra técnica que poderia causar a fratura de um braço", explicou.
A Secretaria de Segurança Pública afirma que Dalzoto não desmaiou, mas foi atendido pelo SAMU e levado à delegacia, onde assinou um termo circunstanciado e foi liberado.
Os policiais envolvidos continuam em serviço e responderão a um inquérito policial interno, com prazo de 30 dias para investigar possíveis excessos.
A defesa de Dalzoto contestou as declarações oficiais, repudiando a sugestão de que ele teria simulado o desmaio e argumentando que a ação policial não se justifica.
Este caso levanta questões importantes sobre o uso proporcional da força policial, os limites da autoridade em abordagens e os direitos dos cidadãos. O debate sobre o incidente provavelmente continuará, enquanto se aguarda o resultado da investigação interna.
#PolíciaMilitarPR #SegurançaPública #DireitosCivis #UsoDaForça #PolêmicaPolicial #ParanáNotícias #JustiçaEDireitos
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!