Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
Águas do Rio, a queridinha da privatização, agora quer enfiar a mão no bolso dos consumidores com um aumento de 5,18% nas tarifas. Mas, enquanto isso, entrega o que mesmo? Água cara, falta de abastecimento e problemas que só aumentam. Parece até piada, mas é realidade.
A concessionária afirma que o aumento “depende de estudos da agência reguladora” e a Agenersa, responsável por fiscalizar, já avisou que o martelo só será batido depois de uma análise. Só que enquanto eles analisam, quem sofre é a população, que paga caro por um serviço meia-boca.
Promessas de privatização: cadê?
Quando a Cedae foi privatizada, prometeram um serviço de primeira. Agora, sob o comando da Águas do Rio, o que temos? Adutoras rompidas, torneiras secas e contas absurdas. Jaime Miranda, morador da Tijuca, resume o sentimento de muitos: “Privatizaram para melhorar, mas parece que herdaram todos os problemas da Cedae e ainda inventaram novos.”
Ele lembra que até tentou acreditar no potencial da concessionária. “Fui conhecer a sede deles, vi gente trabalhando, mas parece que não entenderam o tamanho do desafio. Estão batendo cabeça!”, desabafa.
Na Baixada, a situação é pior ainda
Se na capital a coisa já está feia, na Baixada Fluminense está um caos completo. Ricardo Costa, comerciante de São João de Meriti, recebeu contas que chegam a R$ 14 mil. Isso mesmo, quatorze mil reais! “Eles só sabem dizer: ou paga, ou parcela, ou cortam. É um absurdo!”, reclama.
E nas favelas? A situação beira o escárnio. Gente pagando caro por água de qualidade duvidosa e sem esgoto tratado. O Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento alerta: as contas chegam a R$ 1.100 em lugares como Vigário Geral. Isso sem falar na falta de abastecimento. Parece que a água só aparece para molhar as contas, não as torneiras.
Dinheiro para quem?
A verdade é que a privatização foi um ótimo negócio... para quem vendeu e para a empresa que comprou. Para o consumidor, ficou a conta — literalmente. “A empresa quer lucro, não está preocupada em prestar serviço social”, dispara Jaime Miranda.
Agora, com o aumento tarifário em jogo, a pergunta que não quer calar é: como justificar cobrar mais por um serviço que ainda deixa tanto a desejar? Parece que a água está secando, mas a paciência dos consumidores já foi pelo ralo faz tempo.
E aí, Águas do Rio, quando vão entregar o básico antes de pedir mais dinheiro?
Por: Arinos Monge.
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!