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Com o recente lançamento da obra cinematográfica “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, a ditadura militar e seu regime conservador se tornaram uma pauta recorrente nas mídias digitais, principalmente, por suas semelhanças com a realidade atual.
O filme nos leva de volta a essa era sombria e nos faz perceber que, ao contrário do que muitos pensam, ela nunca esteve tão próxima, mostrando que, na verdade, não deixamos essa parte da História totalmente para trás.
A ascensão global da extrema direita é, de fato, assustadora. Mas pensar que nosso país, na sociedade que construímos após tanto terror que nos assombrou durante décadas, escolheu, pelo voto popular, uma figura como Jair Messias Bolsonaro e tudo o que ele representa, para o mais alto cargo político da república, nos faz pensar que todos esses anos de desconstrução dos pensamentos extremistas e de conscientização sobre o valor da liberdade de expressão não tiveram qualquer efeito.
Hoje não há a mesma censura evidente, mas sim uma falsa sensação de liberdade, onde as pessoas foram inseridas em uma realidade manipulada na qual seguimos sendo censurados; porém de forma velada, tal qual o uso imoral de fake news, criando a mais absurda das informações falsas e, ao incitar através de mentiras.
Tudo para que um novo golpe de estado seja implementado, sem qualquer tipo de suspeita. Utilizando a desinformação a seu favor, a extrema direita propaga falsa ameaça comunista, como justificativa para suas ações, sob o argumento de que a oposição tenta sabotar seu governo, sendo apenas desculpas para esconder seu medo de perder o poder e sua vontade de trazer de volta a tortura e decretar uma lei marcial outra vez.
Mesmo com a nova, e ainda mais violenta que em 64, tentativa de golpe, a população se mantém cega, acreditando apenas no que querem e se querem, de mente, olhos e ouvidos fechados, pelo fanatismo e idolatria, afetando até mesmo a nova geração, levando ao surgimento de uma onda de jovens reacionários.
Todos venerando incansavelmente alguém que os calarão na primeira oportunidade; algo que os partidos conservadores extremistas nunca fizeram questão de esconder, como já foi feito anteriormente. É como uma espécie de lavagem cerebral.
Assim, acabamos sendo obrigados a conviver com amigos, familiares e entes queridos que foram ofuscados pelas mentiras, manipulações e especulações radicais e sensacionalistas. Honestamente, é um cenário triste honestamente, precisar assistir de perto, em plena era da informação, como falsas notícias incitadas por membros significativos politicamente, unido à revolta de um único grupo de pessoas que, propositalmente, foram excluídas da educação de crítica como projeto de poder, pode ser extremamente prejudicial a toda uma nação.
Por fim, questiona-se: até quando serão eleitos candidatos que destilam ódio e tortura? E quando, finalmente, perceberem a real situação, de que a real ameaça não se utiliza de uma bandeira vermelha com uma foice e um martelo, mas sim, apropria-se indevidamente de outra verde e amarela, posicionada no canto esquerdo de sua farda, será então tarde demais?
Por: Maria Eduarda Pereira Marques (2024)
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