ALERJ abre suas portas para um debate crucial sobre o futuro da justiça penal no Brasil, em parceria com o AfroReggae

a chave para a liberdade: trabalho e educação como pilares da RESSOCIALIZAÇÃO DE PRESOS

Em uma iniciativa louvável do Deputado Carlos Minc (PSB) promete acender debates e abrir novos caminhos para a justiça e a reintegração social no Brasil, a Comissão do Cumpra-se! e o grupo AfroReggae unem forças para a realização da Audiência Pública "O Trabalho como Ponte para a Ressocialização".

Este evento, marcado para a próxima sexta-feira, às 10h, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), é um marco na luta pela humanização e eficácia do sistema prisional brasileiro.

A parceria entre mim e Zé Júnior, do AfroReggae, nasceu de um encontro simbólico na inauguração da estátua do Betinho, na orla de Botafogo, e desde então, temos trabalhado incansavelmente para trazer à tona a discussão sobre a ressocialização de presos, um tema muitas vezes negligenciado ou tratado com preconceito pela sociedade.

O AfroReggae é uma organização que, há 25 anos, demonstra com sucesso que é possível mudar a trajetória de vidas marcadas pelo sistema prisional. A realidade atual das prisões brasileiras, onde a educação e o trabalho são escassos, enquanto drogas e celulares proliferam, facilitando o comando do crime de dentro para fora das celas, é um cenário que clama por mudança.

A discussão sobre o fim das "saidinhas" e a PEC do Senado que visa criminalizar o usuário de drogas, potencialmente agravando o problema do encarceramento em massa, será um dos pontos cruciais da audiência. Estas medidas, longe de solucionar, apenas exacerbam o ciclo vicioso de crime e punição, sem oferecer uma verdadeira oportunidade de reintegração à sociedade para os indivíduos afetados.

Durante o evento, teremos a oportunidade de ouvir diretamente de três ex-traficantes que conseguiram reescrever suas histórias através do trabalho e da educação, encontrando novas carreiras no cinema, no jornalismo e na educação. Suas experiências são testemunhos poderosos da capacidade de transformação que reside na oportunidade de trabalho digno e acesso à educação.

A ressocialização, apesar de ser o objetivo declarado do sistema prisional, é frequentemente vista com desdém por aqueles que preferem uma abordagem punitiva, ignorando as evidências de que a punição por si só não é suficiente para prevenir a reincidência. Esta audiência pública é um passo importante para desafiar essas percepções e promover uma discussão mais profunda e empática sobre as melhores formas de alcançar uma sociedade mais justa e segura para todos.

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