Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
A primeira montadora a anunciar a suspensão da produção no país foi a Volkswagem. No dia 19 de março em nota oficial a montadora informou: "Com o agravamento do número de casos da pandemia e o aumento da taxa de ocupação dos leitos de UTI nos estados brasileiros, a empresa adota esta medida a fim de preservar a saúde de seus empregados e familiares". Outras indústrias da região tiveram que reduzir turnos devido ao toque de recolher imposto para conter a proliferação do vírus no Estado.
Nos dias seguintes, os anúncios de parada se sucederam. Foi à gota d'água para outras empresas apontaram a falta de componentes como motivo para redução da produção, caso da Volvo e da GM. No dia 30 de março a Anfavea (de 30/3), listava as empresas paradas: Mercedes, Renault, Scania, Toyota, Volkswagen, Volkswagen Caminhões e Ônibus, BMW, Agrale, Honda, Jaguar e Nissan. Essas últimas a GM e Volvo reduziram substancialmente a produção.
Os dados são da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), ecoaram no mercado, e fez um temporal desabar no governo federal. Na lista prioritária de problemas: o desemprego em massa (com essa possibilidade podendo ocorrer) e o esfriamento do mercado automotivo, que ao lado do agronegócio é um dos principais e mais lucrativos para o país.
Leia também: Menos de um terço dos contribuintes enviou declaração do IR, leia mais:
Como a Estônia se tornou um dos países mais prósperos da Europa
Cerca de 105 mil trabalhadores estão em casa
Com a parada de produção, especialistas no setor automotivo estimam que até 300 mil veículos possam deixar de ser produzido esse ano. E entre 60% e 70% dos cerca de 105 mil empregados diretos do setor estão em casa nesse momento. Os trabalhadores foram colocados em lay-off por dois meses. A paralisação temporária de parte da indústria piora a perspectiva para o desempenho da economia brasileira em 2021.
A previsão de voltar às atividades no momento é entre 5 de abril e o final de maio. Mas os analistas avaliam que as paradas podem ser estendidas, dependendo do andamento das medidas de isolamento social nos estados e municípios, já que em muitos deles as concessionárias estão fechadas, impedindo as vendas.
Com base em dados do Sistema de Contas Nacionais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2018, considera destaca que a fabricação de automóveis, caminhões, ônibus e autopeças representam 0,9% do PIB brasileiro, e 6,7% do PIB da indústria de transformação; 0,4% do emprego total do país e 4,1% do emprego da indústria; além de 1,4% dos salários da economia e 8,8% dos salários do setor industrial.
O Ibre-FGV estima que o PIB do país deva cair 0,5% no primeiro trimestre e outro 0,5% no segundo trimestre. Ainda assim, o instituto projeta alta de 3,2% do PIB no ano, contando com o avanço da vacinação e reabertura gradual das atividades no segundo semestre.
Da Redação por Roberto Monteiro Pinho/TribunaPress/BBC News/Imagens: Diário Prime e Balconisa.com
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!