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No evento em comemoração ao Dia Marítimo Mundial, realizado na histórica Ilha Fiscal, o ex-comandante da Marinha, Almirante Wilks, abordou a relevância dessa data para o Brasil e o mundo. Ele destacou que o Brasil depende diretamente das suas rotas marítimas para sobreviver e prosperar, com 95% do comércio nacional, tanto de importação quanto de exportação, passando pelos oceanos.
“Tudo o que o Brasil produz – nosso agronegócio, minério, petróleo – passa obrigatoriamente pelos navios. Além disso, o petróleo e o gás, essenciais para o desenvolvimento do país, também provêm dos oceanos”, explicou o Almirante. Ele enfatizou que o Dia Marítimo Mundial não celebra apenas a dimensão econômica dos oceanos, mas também sua importância ambiental, já que eles são fundamentais para a regulação da vida no planeta, compondo 75% da superfície terrestre.
O Almirante Wilks também destacou que o evento é celebrado em 175 países, todos membros da Organização Marítima Internacional (OMI), e lembrou que a criação da OMI foi motivada pelo desastre do Titanic, resultando na Convenção SOLAS (Safety of Life at Sea), que completou 50 anos em 2024. Ele mencionou ainda que a indústria naval está passando por uma transição energética, substituindo combustíveis fósseis por renováveis, e que o Brasil, através da Petrobras, tem uma posição de liderança nesse processo.
“A Petrobras é líder mundial na exploração de petróleo em águas profundas, e continuará a ser protagonista na transição energética”, ressaltou o Almirante, mostrando confiança na capacidade da estatal de liderar essa mudança.
Em sua mensagem final, o Almirante Wilks expressou gratidão aos marítimos brasileiros, ressaltando seu papel fundamental durante a pandemia, quando mantiveram as operações dos portos e plataformas petrolíferas, garantindo o abastecimento do país e o fluxo de comércio exterior. “Nosso reconhecimento pela excelência profissional de nossos marinheiros é absoluto. Bravo Zulu para todos os nossos marítimos”, concluiu.
A celebração do Dia Marítimo Mundial na Ilha Fiscal reforça a importância do setor naval para o Brasil, tanto na esfera econômica quanto na ambiental e energética, e sublinha o papel estratégico que o país desempenha no cenário internacional.
Por Jéssica Porto e Robson Talber/ Repórter Ralph Lichotti
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