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O ensaio do carnaval carioca já demostrou o grande esquema de favorecimento de políticos, com centenas de funcionários da prefeitura dando carteirada e atrapalhando o espetáculo.
Foi tão escandaloso que até o Prefeito ressaltou, em suas redes, que aqueles que desejam se divertir devem comprar ingressos
Eduardo Paes manda aviso direto para o presidente da Riotur: "servidor municipal com credencial sem trabalhar vai ser exonerado seja lá quem for"
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) afirma que o áudio que está circulando nas redes sociais não é “fake” e que vai exonerar assessores e secretários que estiverem credenciados para os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí.
Vazou o esquema no credenciamento e Paes tomou conhecimento de que vários órgãos de imprensa não foram credenciados para a cobertura jornalística do evento e, também, ficou irritado com a presença de assessores e secretários da sua gestão na pista atrapalhando os ensaios das agremiações na Sapucaí.
Prefeitura do Rio supera obstáculos e investe R$ 26 milhões em escolas de samba para 2024
Montante dividido entre agremiações do Grupo Especial
A Prefeitura do Rio, comandada por Eduardo Paes (PSD), a despeito de qualquer obstáculo financeiro, repassa quase R$ 26 milhões (mais precisamente R$ 25,8 milhões) no espetáculo das escolas de samba do Grupo Especial na Sapucaí.
O montante foi oficializado em 29/11, por meio da abertura de um crédito suplementar no orçamento da capital fluminense para a Riotur, empresa pública de turismo que repassará a verba ao espetáculo. O registro consta em Diário Oficial, assinado por Paes. Cada agremiação receberá R$ 2,15 milhões.
Com a movimentação, Paes encerra o período de dificuldades que vinha atravessando a Cidade do Samba, na Zona Portuária carioca, nas últimas semanas. Aguardando o repasse dos recursos públicos, agremiações vinham considerando paralisar os trabalhos de confecção de fantasias e construção de alegorias enquanto o dinheiro não entrasse. Agora, a suspensão do funcionamento dos barracões não será necessária.
Gabriel David, diretor de Marketing da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa), comemorou a oficialização dos repasses. “O prefeito Eduardo Paes, como sempre, foi muito respeitoso com o Carnaval e se dedicou ao financiamento da festa enquanto mantém a integridade das regras de contabilidade do município. As escolas estão felizes com os recursos e vão aproveitá-los da melhor maneira possível em seus desfiles”, disse o empresário.
Em 2024, o Grupo Especial se apresenta no Sambódromo do Rio em 11 e 12 de fevereiro, Domingo e Segunda-Feira de Carnaval. As seis melhores apresentações serão repetidas no dia 17, Sábado das Campeãs.
IMPRENSA E O POVO DISCRIMINADA PARA FAVORECER ASPONES DE PAES
A Bagunça começou quando acabaram com o tradicional crachá da imprensa e colocaram os jornalistas que levam o espetáculo para o mundo como serviços, na mesma categoria, dos garçons, eletricistas, e demais categorias essenciais ao espetáculo, mas com funções completamente diferentes, pois o jornalista não é contratado e nem segue ordens.
Por conta dessa vergonha, que visa privilegiar funcionários do governo, dezenas de jornais tradicionais como O FLUMINENSE (jornal mais antigo do Brasil que publicou a Lei Aurea e a Proclamação da República) ficaram sem direito de cobrir o carnaval, um evento feito em local público com o dinheiro público, para segundo o próprio prefeito Eduardo Paes servir de palco para funcionários do governo.
O recado foi direto ao presidente da Riotur, Ronnie Costa.
"Eu tenho visto aí ensaio da Sapucaí, eventos do Rio de Janeiro, um monte de assessor, de alguns secretários, de alguns dirigentes municipais circulando com credenciais em ensaio na Sapucaí, quando chega o Carnaval, então... Acham que são destaque de escola. Vejo em shows, sempre em camarotes, fazendo posts. Eu quero avisar que eu vou exonerar essas pessoas que têm crise de autoridade. Isso vale para qualquer dirigente aqui", disse no comunicado”.
O comunicado veio após uma publicação feita pelo subprefeito da Zona Norte, Diego Vaz, que relatou ter visto colegas da prefeitura dentro da pista durante ensaios técnicos, atrapalhando o desfile. "Vi uma série de colegas da prefeitura dentro da pista no ensaio técnico. No cantinho. Atrapalha o desfilante, atrapalha a bateria e vocês ainda dão um mau exemplo. Não façam isso", escreveu o subprefeito na publicação, que foi apagada em seguida.
Na mensagem, Paes fez uma advertência direta ao presidente da Riotur, Ronnie Costa. "Então eu não quero ninguém credenciado. Senhor Ronnie, espero que o senhor esteja ouvindo essa mensagem. Quero ninguém credenciado que não seja para trabalhar no Carnaval, nem evento nenhum. Quem quiser se divertir vai para a plateia, para arquibancada, para a frisa, compra ingresso, arruma um camarote para ficar enfiado lá. Na pista, se eu ver esse negócio, vai ser só a demissão daqui para frente", ressaltou.
No áudio, Paes chama esses os funcionários de “imbecis” e “sem autoridade” e diz que eles estão “se achando destaques de escola de samba”.
Com argumentos ridículos, a Comissão de Credenciamento do Carnaval 2024 sob a responsabilidade da Riotur, está enviando e-mails a diversos órgãos de imprensa tradicionais justificando o motivo de não liberar o credenciamento para a cobertura jornalística dos desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí.
É claro, esta Comissão estava guardando as credenciais para atender aspones, políticos, amiguinhos e familiares, queimando o filme do prefeito justamente em ano eleitoral. A casa caiu!
Vice-presidente do PT lucra mais de R$ 1 mi em camarote na Sapucaí
Deputados do PT Carlos Zarattini (SP), Washington Quaquá (RJ), Zeca Dirceu (PR) e Odair Cunha (MG) Reprodução/Instagram em 2023
Point de políticos do PT no carnaval, o camarote de carnaval organizado pelo vice-presidente nacional do partido, Washington Quaquá (RJ), rendeu um lucro em 2023 de cerca de R$ 1 milhão. O valor é do balanço feito com ainda algumas despesas a serem pagas, e que não contabiliza o desfile das campeãs.
“Camarote é um bom negócio. Não é a toa que todo mundo faz; que tem empresários que fazem os grandes camarotes. Eu diminuí o lucro, porque dei muitos convites para a favela. Mas, no balanço, deu lucro, sim. Camarote é um negócio. É é uma parte das coisas que eu faço pra viver”, disse o deputado federal ao Metrópoles.
O “Camarote Favela”, como é chamado, foi criado em 2020 e é realizado por uma empresa comandada por Quaquá. O objetivo, segundo o deputado, é “democratizar” o acesso aos camarotes da Sapucaí, no Rio de Janeiro.
O valor do ingresso por dia fica entre R$ 1.500 e R$ 2.500, segundo o deputado, mas pode ser ainda maior a depender da proximidade com a data do carnaval.
“Não é uma coisa para ter lucro absurdo. A gente modula para ter um lucro razoável e oferece para o pessoal da favela a participação”, afirma.
No ano de 2023, o Camarote Favela não abriu venda de ingressos para o público. A venda foi feita para empresas, empresários, políticos e outros conhecidos, em uma espécie de “boca a boca” para um público selecionado.
Questionado sobre as empresas que adquiriram ingressos, o deputado disse que não sabia informar. Além dos empresários, muitos políticos passaram pelo local, como o líder do governo na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PT-PR), o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), namorado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), vereadores, prefeitos e deputados do Rio.
A gente aluga da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) há três carnavais e vende. Como tudo que se faz, o que acontece no capitalismo: você compra um produto por 1X e vende por 2X. Organizamos tudo e vendemos. É um negócio. – Washington Quaquá.
Fonte: Metropoles, Globo, Leo Dias e gbnews
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