André Mendonça vota pela absolvição de Washington Reis, mas placar segue desfavorável ao político fluminense

Ministro do STF abre divergência em julgamento de crime ambiental envolvendo secretário do Rio

André Mendonça vota pela absolvição de Washington Reis, mas placar segue desfavorável ao político fluminense

Futuro político de ex-prefeito de Duque de Caxias em jogo no Supremo

No cenário jurídico e político do Rio de Janeiro, um novo capítulo se desenrola no Supremo Tribunal Federal. O ministro André Mendonça surpreendeu ao abrir divergência no julgamento de Washington Reis, ex-prefeito de Duque de Caxias e atual secretário estadual de Transportes, votando pela sua absolvição em um caso de crime ambiental. A decisão, que ocorre em meio ao plenário virtual da Corte, lança luz sobre um processo que pode definir o futuro político de uma figura proeminente no cenário fluminense.

O caso em questão remonta ao primeiro mandato de Reis como prefeito de Duque de Caxias, quando ele e outros acusados foram condenados por causar danos ambientais significativos. O loteamento Vila Verde, situado em uma área de amortecimento da Reserva Biológica do Tinguá, foi o epicentro deste conflito entre desenvolvimento urbano e preservação ambiental. A condenação não apenas manchou a reputação de Reis, mas também o impediu de concorrer nas últimas eleições, colocando em xeque suas ambições políticas futuras.

Apesar do voto divergente de Mendonça, o placar atual do julgamento permanece desfavorável a Washington Reis. O relator do caso, ministro Flávio Dino, manteve sua posição pela condenação, sendo acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. Este alinhamento da maioria até o momento sugere uma tendência de manutenção da sentença original, o que poderia resultar na inelegibilidade de Reis para as eleições de 2026, frustrando possíveis planos de disputar a sucessão do governador Cláudio Castro.

O desenrolar deste julgamento no STF não apenas impacta diretamente o futuro político de Washington Reis, mas também levanta questões cruciais sobre a responsabilidade ambiental de gestores públicos. A decisão final da Corte poderá estabelecer um precedente importante para casos similares, reforçando a mensagem de que crimes contra o meio ambiente serão tratados com rigor, independentemente do status político do acusado.

A abstenção do ministro Dias Tóffoli, que se declarou suspeito para julgar o caso, adiciona uma camada extra de complexidade ao processo. Enquanto o julgamento prossegue no plenário virtual, a comunidade jurídica e política do Rio de Janeiro aguarda ansiosamente o desfecho, ciente de que o resultado poderá redesenhar o tabuleiro político do estado para as próximas eleições e além.

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Por Ultima Hora em 13/03/2025
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