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A decisão do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, de terminar com o grupo de trabalho do Programa de Energia Nuclear vem trazendo enorme descontentamento aos seus representantes. Defensor da aplicação desse tipo de energia em todos os setores, o deputado Júlio Lopes vê com apreensão e preocupação essa decisão que pode deixar um enorme vácuo no trabalho e no estudo da aplicação da energia nuclear no estado.
Ele afirma que equívocos graves vem sendo cometidos pelo ministro Sachida, que é oriundo da área da economia e foi indicado pelo ministro Paulo Guedes.
- Essa descontinuidade do trabalho desse grupo trará um impacto gravíssimo para o Rio de Janeiro, sendo o mais importante deles o término das obras de Angra 3 que já está atrasada 20 anos e deveria estar concluída, de acordo com o cronograma, em 2029, o que pode ser considerado um atraso imperdoável para o programa energético brasileiro. A decisão do ministro de trocar a diretoria da Eletronuclear e tirar do foco a área nuclear das prioridades do governo, além de desestruturar o grupo de trabalho, vai de encontro ao restante do mundo - explicou.
Júlio afirma que ao interromper o Programa Nuclear do Brasil, considerado um dos melhores do mundo e de maior sucesso, o ministro coloca em risco as usinas nucleares que tem hoje um funcionamento de 80% à 85% na média, graças a qualidade e temperatura da água. Outras questões de segurança nacional também estão relacionadas a descontinuidade do Programa de Energia Nuclear promovido pelo ministro das Minas e Energia, como o Programa Nacional de Desenvolvimento do submarino nuclear desenvolvido pela marinha. São tecnologias de ponta que o Brasil precisa dominar.
- Isso sem falar no impactos provocados na saúde e alimentação, já que vários países do mundo também fazem uso da tecnologia nuclear para irradiação dos alimentos para que sejam preservados por períodos maiores, com qualidade e sem prejuízo para a saude; além de combater doenças como o câncer, que precisa de energia nuclear para o tratamento - disse.
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