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A operação da PF de hoje, que tem como alvo Carlos Bolsonaro, apura ações da Abin durante o governo Bolsonaro. A suspeita é que seus assessores, também alvos da operação, pediam informações para o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO, o ex-secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, afirmou — 11 dias antes de morrer — que um delegado da PF participara de uma tentativa de montagem de uma “Abin paralela” por iniciativa de Carlos Bolsonaro.
Bebianno não confirmou na ocasião se o delegado seria Ramagem (“Eu lembro o nome do delegado. Mas não vou revelar por uma questão institucional e pessoal”)
Segundo Bebianno, ele e o então ex-ministro Santos Cruz, demitido meses depois, desaconselharam Jair Bolsonaro a levar adiante os planos de Carlos.
PF apreende computador da Abin com Carlos Bolsonaro
Vereador foi alvo de operação que mira em possíveis destinatários de informações coletadas ilegalmente pela Abin.
A Polícia Federal apreendeu na manhã desta segunda-feira (29) um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), informa a jornalista Daniela Lima em seu blog no portal g1. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de operação de busca e apreensão, com mira em possíveis destinatários de informações coletadas ilegalmente pela Abin.
Um segundo computador da agência foi apreendido na casa de um dos assessores de Carlos Bolsonaro que é casado com uma funcionária da Abin. Formalmente, a Polícia Federal não confirma e nem comenta a apreensão
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, é quem assina a autorização para os mandados. A Polícia Federal suspeita que, sob o mandato de Jair Bolsonaro, a Abin atuou como um braço de coleta de informações ilegais, sem autorização judicial, e também como fonte de informações falsas, depois disseminadas por perfis de extrema direita para difamar instituições e autoridades.
Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão:
A busca em Angra dos Reis ocorreu onde Jair Bolsonaro realizou uma live nas redes sociais no domingo (28). O ex-presidente e os filhos estavam no local durante esta manhã, e deixaram a casa de barco.
Carlos Bolsonaro é vereador desde 2001 e está em seu sexto mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio. Ele foi apontado pelo ex-braço-direito de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, como chefe do chamado gabinete do ódio, uma estrutura paralela montada no Palácio do Planalto para atacar adversários e instituições – como o sistema eleitoral brasileiro.
O filho de Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre a operação até a última atualização desta reportagem.
PF faz buscas na casa de Angra dos Reis (RJ) onde família Bolsonaro se reuniu para fazer live
Carlos Bolsonaro é suspeito de receber informações coletadas ilegalmente pela da Abin na gestão de Ramagem.
Um dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal contra a suposta espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), na manhã desta segunda-feira, é na casa de Angra dos Reis, na Costa Verde do RJ, onde a família Bolsonaro se reuniu no fim de semana para realizar uma live.
Na operação de hoje, um dos alvos é o vereador do Rio Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com as investigações, ele é suspeito de receber informações da Abin do deputado Alexandre Ramagem (PL), diretor da pasta à época. Ramagem também é investigado e foi alvo de busca e apreensão na última quinta-feira.
No inquérito, a PF separou os suspeitos em cinco núcleos: PF, em que são investigados os policiais cedidos à Abin durante a gestão de Ramagem; Alta Gestão, acerca da cúpula da pasta; Subordinados; Evento Portaria 157, sobre uma ação em que foram monitorados envolvidos com uma Organização Não-Governamental (ONG); e Tratamento Log, sobre os servidores que acessam o sistema da Abin.
Em nota, a PF informou que busca “avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas”. Ainda de acordo com a corporação, o grupo usou “técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público”.
Ao todo, são cumpridos oito mandados de busca e apreensão: cinco no Rio, um em Brasília, um em Formosa (GO) e um em Salvador. Também são alvos da ação duas assessoras do gabinete de Carlos na Câmara de Vereadores.
Segundo a Polícia Federal, os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Com informações do GLOBO e Agenda do Poder
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