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Em um teatro político cujo palco foi montado sob os holofotes da controvérsia e da discordância, presenciamos um episódio que, não fosse pela sua realidade incontestável, poderia muito bem ser confundido com uma trama de Nelson Rodrigues, pela ironia e pelo dramático. A cena se desenrola em um evento do União Brasil, marcado pela celebração e pela expectativa, mas que rapidamente se transformou em palco de uma desistência emblemática e de uma solidariedade política inesperada.
Rodrigo Amorim (União), figura conhecida por seus posicionamentos firmes e por vezes controversos, protagonizou um momento que transcende o mero ato de abandonar um palco; ele deixou, de forma simbólica, a marca de sua insatisfação em uma cena que deveria ser de união e celebração. A seu lado, um destacado grupo de bolsonaristas, incluindo nomes como deputados estaduais, Filippe Poubel (PL), Alan Lopes (PL), Thiago Gagliasso (PL), e pelo deputado federal Otoni de Paula (MDB), decidiram, em um gesto coletivo de desaprovação, transformar o evento em um manifesto vivo de discordância.
A chegada de Eduardo Paes ao microfone, entretanto, foi o ponto de inflexão dessa narrativa. Inicialmente recebido com vaias, uma reação que poderia abalar os mais resilientes, encontrou um inesperado aliado no governador Cláudio Castro. Castro, em um gesto que se assemelha mais à cavalaria do que à política, pediu respeito e, com palavras medidas e uma postura conciliadora, conseguiu apaziguar os ânimos exaltados, demonstrando que, mesmo no calor da discordância, existe espaço para o respeito e a civilidade.
Este episódio, carregado de simbolismo e de lições políticas, revela as complexas dinâmicas de poder, as alianças inesperadas e as rupturas que definem o cenário político contemporâneo. Mais do que um simples evento de filiação, tornou-se um espelho das tensões e das possibilidades que coexistem no teatro político brasileiro. A saída de Amorim e seus aliados não foi apenas uma retirada física de um palco, mas um ato carregado de significados, um protesto silencioso que ressoa muito além das palavras não ditas.
E, no meio desse caos calculado, Eduardo Paes, com a pompa de um "Grande Prefeito" e a resistência de quem conhece bem os meandros da política, junto com Cláudio Castro, emerge como figura capaz de transcender as barreiras partidárias em nome de um bem maior: o respeito mútuo. Neste episódio, a política se mostrou não apenas como arena de conflitos, mas também como espaço de gestos inesperados de união e conciliação, provando, mais uma vez, que a realidade brasileira consegue, sem esforço, superar a ficção em sua capacidade de surpreender e ensinar.
Na ordem da foto, Deputado Federal Otoni de Paula (MDB), Deputados estaduais Rodrigo Amorim (União), Thiago Gagliasso (PL), Filippe Poubel (PL), Vereador Glauber Poubel e Alan Lopes (PL) protagonizaram um momento, de tensão política e descontentamento ao deixar o palco e irem embora, logo, porém, Amorim deixa claro que a rusga do grupo é somente com Paes, ao postar na Rede:
Este episódio, carregado de tensão e reviravoltas, não apenas sublinha a polarização e as paixões que correm soltas no cenário político atual, mas também serve como um lembrete de que, na arena política, as alianças e desavenças podem mudar tão rapidamente quanto o vento, Eduardo Paes como bom malandro carioca, se infiltra no Grande ato do União Brasil, desestabiliza e cria fissuras na chamada "Frente Ampla" e rouba a cena que seria dos adversários.
Rodrigo Amorim e aliados irritados abandonam palco em desacordo com Paes, perdendo anúncio de candidatura a prefeito por Bacellar, ou seja, Amorim deixou escapar a chance de brilhar e ser protagonista, quando, ao término de seu discurso, Rodrigo Bacellar o buscou sem sucesso para anunciá-lo como pré-candidato à prefeitura do Rio, no evento, que contou com a presença de diversas lideranças estaduais, incluindo, políticos da região Norte, o governador Cláudio Castro (PL), o prefeito do Rio Eduardo Paes (PSD) e André Ceciliano (PT), secretário de Assuntos Federativos do Governo Lula e antecessor de Bacellar na Alerj, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto e outras figuras proeminentes, como os deputados federais Lindbergh Farias (PT), Daniel Soranz (PSD), Otoni de Paula (MDB), Alexandre Ramagem (PL), Marcelo Queiros (PP) e dezenas de outros Deputados e vereadores, a prefeita de São João da Barra, Carla Caputi, prefeito de Itaperuna Alfredão, entre muitos, num total de 60 pré-candidatos a prefeitos e vices pelo União Brasil no Estado do Rio.
Fizeram também parte do grupo de estrelas políticas presente o líder do PP na Câmara dos Deputados, Dr. Luizinho (PP), o deputado Pedro Paulo (PSD), o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT) e os ministros das Comunicações, Juscelino Filho, e do Turismo, Celso Sabino, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado e Antonio Rueda, presidente nacional do UB.
Tal fato demonstra a relevância desse momento para o União Brasil e para o cenário político do Rio de Janeiro como um todo.
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Matéria em atualização (CLIQUE AQUI PARA OPINAR) ou ralphlichotti@gmail.com.
Fotos Oficiais, Alerj e Câmara federal / Fontes: Redes Sociais, O Globo
Por Ralph Lichotti - Advogado e Jornalista, Foi Sócio Diretor do Jornal O Fluminense e acionista majoritário do Tribuna da Imprensa, Secretário Geral da Associação Nacional, Internacional de Imprensa - ANI, Ex-Presidente da Comissão de Sindicância e Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa - ABI - MTb 31.335/RJ
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