Após ser vítima de atentado, vereadora Tainá de Paula reclama de condução coercitiva

Ela prestou depoimento à Justiça no processo que apura o atentado durante campanha eleitoral 

Após ser vítima de atentado, vereadora Tainá de Paula reclama de condução coercitiva

Por Tempo Real 

Na última sexta-feira (20), a vereadora Tainá de Paula (PT) prestou depoimento à Justiça, no processo que apura o atentado sofrido pela parlamentar em outubro deste ano. No entanto, ela afirma ter sido levada de forma coercitiva a prestar esclarecimentos, o que foi considerado pela vereadora como abuso de autoridade.

Segundo Tainá de Paula, na primeira vez em que foi chamada para depor, estava fora do país, e da segunda vez recebeu uma ligação para comparecer de forma imediata, no momento em que participava de uma sessão na Câmara de Vereadores, o que novamente impossibilitou seu comparecimento.

Sem nenhum outro tipo de convocação, na última sexta-feira, a vereadora foi levada de forma coercitiva a prestar esclarecimentos. A parlamentar questiona a posição da juíza que, para ela, reflete o racismo institucional presente no judiciário brasileiro.

Tainá de Paula registrou o atentado sofrido durante a campanha eleitoral   na 20ª DP (Vila Isabel) (Foto: Divulgação)

Tainá: ‘Parecia que eu era ré no processo’

“Para começar, no dia da audiência, parecia que eu era a ré no processo. Ela aplicou a condução coercitiva como se eu não quisesse resolver a situação, saber o que realmente estava acontecendo. Eu sou a vítima. Fui explicar o motivo de não ter comparecido quando fui intimada e ela me mandou ‘calar a boca’, dizendo que não era pra eu explicar o porquê de não ter comparecido antes. repito, eu sou a vítima”, disse Tainá.

Além disso, a vereadora também questiona uma possível “falsa solução” ao deter um menor negro que, teoricamente, seria o autor dos disparos. Tainá ainda revela que, durante a audiência, a juíza a questionou se ela, na posição de magistrada, manteria a prisão do menor ou deixaria responder em liberdade.

“Na minha concepção esse atentado é uma violência política de gênero. Quem em sã consciência, na iminência de roubar um carro, iria atirar em uma peça vital para seu funcionamento? A quem interessa meu afastamento político? Quem mandou esse menor atirar no meu carro? E pergunto isso sem ter a certeza que foi ele. Essa conta não fecha”, questiona a parlamentar.

Procurada pela reportagem do Tempo Real, a assessoria do TJRJ disse que, em pesquisa pelo nome Tainá de Paula, a busca não obteve resultado. “É bem provável que o processo ainda esteja em fase de inquérito policial ou em segredo de justiça, situações em que não temos acesso” diz a nota.

 

 

Por Ultima Hora em 26/12/2024
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