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Por Ricardo Noblat, do Metrópoles - O governo do presidente Jair Bolsonaro informou ao Supremo Tribunal Federal que não gastou um só tostão com a viagem do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) à Rússia e depois à Hungria, onde participou de reuniões ao lado do pai.
O lugar de Carlos no avião presidencial não custou nada, nem a hospedagem dele em Moscou e em Bucareste, nem as refeições que ele fez por lá. Ao que se sabe, Carlos não faz jejum. A Câmara Municipal do Rio informa que também não pagou nada.
Quem pagou? O governo do pai do vereador não informa. Sequer admite que gastou com gasolina para transportá-lo. Sim, porque a Força Aérea Brasileira leva em conta o número de passageiros na hora de fazer o plano de voo do avião presidencial.
Dir-se-ía que Carlos não é tão pesado assim, e que uns litros a mais para tê-lo a bordo não fariam grande diferença. Não importa. Alguém pagou por uns litros a mais. Dinheiro não cai do céu. E o dinheiro que o governo gasta não é dele, é do distinto público.
Mas não é apenas sobre isso, é também o que um vereador que não tinha o que fazer na Rússia e na Hungria foi fazer por lá. E se ele teria ido como convidado se não fosse filho do presidente da República, e se não cuidasse da imagem do pai nas redes sociais.
Outros filhos de Bolsonaro já passearam com ele no exterior. Acontece que um deles, Flávio “Rachadinha” Bolsonaro, é senador, e Eduardo “Fritador de Hambúrguer” Bolsonaro, deputado, e era presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Nada contra os passeios de Carlos, que já passeou pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no Rolls-Royce que desde os anos 1950 conduz os presidentes ao ato de posse; na ocasião, com medo que seu pai fosse morto, Carlos carregava um revólver na cintura.
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