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O economista Armínio Fraga, que foi presidente do Banco Central e implementou o regime de metas de inflação, criticou as elites brasileiras e disse que aceita ser ministro da Economia, caso possa implementar uma agenda "social-liberal" no Brasil, em entrevista à jornalista Adriana Fernandes, do jornal Estado de S. Paulo. Segundo ele, as elites nacionais “têm sido chapa-branca, curto-prazistas, oportunistas e um obstáculo ao desenvolvimento do País”.
"Tenho tido a chance de conversar com muita gente e consideraria dar uma colaboração num governo onde haja chance de as ideias nas quais eu acredito serem postas em prática com algum sucesso", afirmou, sobre ser ministro da Economia. Armínio também afirmou duvidar das chances de vitória de Jair Bolsonaro. "Hoje, a reeleição parece pouco provável. Não só por causa da economia. Pelo conjunto da obra ou da ‘não obra’."
Armínio fez elogios ao PT na área social, mas defendeu um modelo que chamou de social-liberal. "Sim, o PT fez muita coisa, Fernando Henrique também, houve continuidade. Mas, ao mesmo tempo, houve com o PT uma política de dar enormes subsídios, vantagens para os mais ricos, a chamada bolsa empresário. Sempre ouvi Pedro Malan (ex-ministro da Fazenda durante o governo FHC) repetir que a raiva da pobreza e da má distribuição de renda não é monopólio de ninguém. O modelo social-liberal, que foi o do Fernando Henrique, ainda me parece o melhor caminho. Precisamos de um pêndulo político mais curto, e não de uma bola de demolição."
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