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Em uma reviravolta política que abala o cenário fluminense, a deputada estadual Índia Armelau (PL) foi para Redes Sociais e se defendeu publicamente, do que segunda ela é perseguição, da mesma forma que fizeram com Bolsonaro.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) abriu investigação para apurar suspeitas de prática de "rachadinha" em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
As denúncias, que ganharam as manchetes nesta quinta-feira, 10 de janeiro de 2025, apontam para um suposto esquema onde funcionários seriam obrigados a devolver parte de seus salários, mais especificamente o auxílio alimentação, que varia entre R$ 1.470 e R$ 2.940.
Leandro Araújo, ex-chefe de gabinete da parlamentar, surge como principal denunciante. Exonerado em janeiro deste ano, ele acusa Armelau de liderar um esquema de desvio de dinheiro público. "A deputada orquestrava um sistema bem articulado de apropriação indevida dos recursos destinados aos servidores", afirmou Araújo em depoimento ao MPRJ.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um suposto funcionário do gabinete contando notas que, segundo ele, seriam destinadas ao esquema. "Este dinheiro deveria alimentar nossas famílias, mas acabava engordando os cofres da deputada", disse o homem, que preferiu não se identificar.
A polêmica ganha contornos mais intensos quando se observa o crescimento patrimonial da deputada. Em apenas dois anos, Armelau teria multiplicado seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral em 20 vezes, saltando de R$ 37,5 mil em 2022 para mais de R$ 700 mil na eleição seguinte.
Diante das acusações, a deputada Índia Armelau foi às redes sociais para se defender. Em nota, ela negou veementemente as acusações, classificando-as como "mentiras" e "difamação". "Estou sofrendo ataques de pessoas que não aceitaram as demissões por desempenho insuficiente e quebra de confiança", declarou a parlamentar, prometendo tomar medidas legais contra os acusadores.
A defesa de Armelau argumenta que o aumento patrimonial é fruto de "endividamento para financiamento imobiliário" e que todas as informações estão disponíveis para a Receita Federal. "Meu mandato é íntegro e não será manchado por pessoas vingativas", afirmou.
O caso Índia Armelau levanta questões sobre a fiscalização dos gabinetes parlamentares e a necessidade de maior transparência na gestão dos recursos públicos. Enquanto a investigação segue seu curso, a população fluminense aguarda por respostas e pela apuração rigorosa dos fatos.
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, por sua vez, emitiu um comunicado afirmando que "está à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações, reafirmando seu compromisso com a ética e a transparência no serviço público".
O desenrolar deste caso promete agitar os bastidores políticos do Rio de Janeiro nos próximos meses, podendo ter desdobramentos significativos para o cenário político estadual e nacional.
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