ASSISTA: Lindberg Farias 'bateu o pé' e Eduardo Bolsonaro fugiu e diz que vai ficar na Disney e só volta ao Brasil quando Moraes sair do STF

Possível candidatura ao Senado nas eleições de 2026 também foi mencionada pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro

Deputado federal diz que só voltará ao Brasil quando Alexandre de Moraes deixar o Supremo Tribunal Federal

Em uma declaração que repercutiu intensamente nos meios políticos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou que não pretende retornar ao Brasil enquanto o ministro Alexandre de Moraes permanecer no Supremo Tribunal Federal (STF). A afirmação foi feita durante entrevista à CNN na última quarta-feira (19).

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro condicionou seu retorno ao país à saída de Moraes da Suprema Corte ou quando o ministro for "posto no devido lugar dele". Eduardo Bolsonaro justificou sua decisão alegando temer por sua liberdade:

"Não tem a possibilidade de eu retornar ao Brasil. Eu não serei mais um inocente preso justamente para ver minha esposa visitar um presídio e meus filhos crescerem sem minha presença."

A declaração do deputado federal ocorre em um momento de intensas investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Eduardo Bolsonaro, embora não figure diretamente nos processos em andamento no STF, tem sido um crítico ferrenho das ações da Corte e do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em sua entrevista, o parlamentar também mencionou a possibilidade de disputar uma vaga no Senado Federal por São Paulo nas eleições de 2026, condicionando essa decisão a uma mudança significativa no cenário político brasileiro. Além disso, Eduardo Bolsonaro acusou o governo Lula e o ministro Alexandre de Moraes de trabalharem juntos para criar uma "situação de guerra comercial" entre o Brasil e os Estados Unidos.

A decisão de Eduardo Bolsonaro gerou reações imediatas no cenário político. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, criticou duramente a atitude do filho do ex-presidente, classificando-a como uma "fuga" e uma "amarelada". Farias afirmou que a saída de Eduardo Bolsonaro do país é uma "vergonha alheia" e questionou os motivos reais por trás dessa decisão.

O anúncio do auto-exílio de Eduardo Bolsonaro adiciona mais um capítulo à turbulenta relação entre a família Bolsonaro e o Poder Judiciário, especialmente o STF. Enquanto seus apoiadores veem a medida como uma forma de proteção contra uma suposta perseguição política, seus críticos a interpretam como uma tentativa de fugir de possíveis responsabilizações legais.

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