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Como sede da Olimpíada de 2016, o Rio se comprometeu a erguer do zero complexos esportivos para abrigar as competições e ainda deixar um legado esportivo para a população carioca.
Cinco anos depois, algumas áreas são aproveitadas, mas parte das estruturas tem pouca manutenção e serve como depósito para equipamentos abandonados.
"Não vamos gastar muito dinheiro público. Vamos deixar muito legado para a população e não vamos deixar 'elefante branco'. Vamos fazer dessa Olimpíada um exemplo", disse, na época, o prefeito Eduardo Paes.
Em julho de 2012, a área do antigo autódromo de Jacarepaguá se tornou um grande canteiro de obras de mais de 1 milhão de metros quadrados, onde chegaram a trabalhar 10 mil operários.
Foram gastos R$ 2,7 bilhões para construir três arenas, um velódromo, um centro de tênis e um parque aquático. Os recursos vieram da iniciativa privada e do governo federal.
Em 2016, o Parque Olímpico foi inaugurado. Durante os jogos, cerca de 120 mil pessoas por dia assistiram a 16 modalidades olímpicas. O local também abrigou competições paralímpicas com grande público.
Promessa de legado
Com o fim dos jogos, a promessa da prefeitura era de que o parque deixasse um grande legado esportivo:
Para que a Arena do Futuro fosse transformada em quatro escolas, como prometido, a previsão era de que os equipamentos esportivos do local fossem retirados em até sete meses, após da realização dos jogos. Mas cinco anos depois, isso não aconteceu.
Depois das olímpiadas, começaram as paralimpiadas que também usaram o parque olímpico. O encerramento foi no dia 16 de setembro e a gestão de Eduardo Paes terminou em dezembro.
No ano seguinte, na gestão do prefeito Marcelo Crivella, o projeto não foi para frente: o estádio aquático e a arena ficaram esquecidos.
Esta semana, a equipe do RJ2 foi até a Arena do Futuro e o que se vê no local é um depósito de equipamentos abandonados.
Situação atua
O parque olímpico sofreu algumas modificações como a construção de parque infantil, academia para terceira idade e foi aberto ao público. Atualmente, é usado por pessoas que vão fazer caminhadas e exercícios ao ar livre.
O espaço também está servindo como ponto drive-thru para vacinação contra Covid. A arena 3 é a única aberta para população e, atualmente, é usada como base para os funcionários que trabalham na vacinação.
O local ainda abriga projetos esportivos da prefeitura para 1,2 mil crianças e adolescentes. A academia, usada pelos atletas, também está aberta para comunidade de forma gratuita.
As outras arenas cariocas 1 e 2, velódromo e centro olímpico de tênis estão sob administração do Ministério da Cidadania desde o final de 2016.
Ao longo dos últimos quatro anos, os locais abrigaram competições esportivas nacionais e internacionais. O parque recebeu ainda grandes eventos, como Game XP e duas edições do Rock in Rio.
O governo federal não avançou no legado olímpico e o parque está sem manutenção, com estruturas interditadas, buracos e mato alto. Com a pandemia, os eventos com grande público não acontecem há mais de um ano e meio.
Novas promessas
O prefeito Eduardo Paes anunciou que quer revitalizar o parque olímpico. Foi aberta licitação para escolher a empresa que vai fazer a desmontagem das arensa do futuro e do centro aquático. Serão gastos R$ 78 milhões para desmontar tudo e construir quatro escolas, em Santa Cruz, Campo Grande, Rio das Pedras e Bangu.
A piscina do centro aquático será instalada nos fundos do parque onde também será construída uma pista de atletismo, e todo material restante, como aço, será vendido.
“Eu acredito que mais tardar, semana que vem, teremos a empresa que vai fazer a desmontagem dessa arenas e a construção das escolas. São todos recursos da Prefeitura do Rio. Não tem um tostão do governo federal aqui. Serão recursos da população carioca e eu imagino que a gente esteja assinando esse contrato ainda no mês de agosto. Se deus quiser, em setembro já iniciando as obras, não só de desmontagem, mas de construção da escola", afirmou Paes.
No novo projeto apresentado pela prefeitura, a arena carioca 3 vai virar uma escola municipal com 24 salas de aula para 850 alunos em tempo integral. As arenas 1 e 2 serão usadas para eventos privados.
"Faremos uma licitação e cessão de uso com prazo previsto de 15 anos, cujo critério de escolha da futura concessionaria será quem oferecer o maior valor de autorga fixa para o municipio. Há uma previsão de investimentos da iniciativa privada de 25 milhões que será para execução exatamente da escola da arena 3, da pista de atletismo e da instalação da nova piscina olímpica ao lado da pista", afirmou o secretário especial de concessões e parcerias público-privadas Jorge Arraes.
O velódromo vai abrigar as atividades esportivas gratuitas que atualmente são oferecidas na arena 3. O centro de tênis também irá para iniciativa privada.
FONTE g1
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