Associação Nacional de Desembargadores (Andes) presta homenagem ao desembargador Manoel Carpena Amorim

O desembargador Fabio Dutra, presidente da Andes, aplaude o descerramento do retrato do desembargador Manoel Carpena Amorim pela viúva, Marlene, e a filha, Heloisa, do magistrado, ao lado na neta Isabella

Associação Nacional de Desembargadores (Andes) presta homenagem ao desembargador Manoel Carpena Amorim

Integrantes da Associação Nacional de Desembargadores (Andes) e companheiros de magistratura prestaram homenagem póstuma, nesta quinta-feira (20/2), ao desembargador Manoel Carpena Amorim, morto em 2022, aos 86 anos. A fotografia do magistrado foi inaugurada na Galeria de Ex-Presidentes da Associação, no Centro do Rio. 

O desembargador Manoel Carpena Amorim foi presidente do Tribunal de Alçada, diretor-geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), de 1997 a 2001; corregedor-geral da Justiça do Estado do Rio de Janeiro no biênio 2005-2006. O magistrado se aposentou em 2006 do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ano em que participou da fundação da Associação Nacional dos Desembargadores e foi aclamado como primeiro presidente da instituição.

Em clima de alegria, boas recordações e emoção, familiares, servidores e magistrados que conviveram com o desembargador lembraram, na cerimônia, das realizações e da convivência com Carpena Amorim, como era conhecido.

A filha do desembargador, Heloísa Carpena Vieira de Mello, procuradora aposentada do Ministério Público do Rio de Janeiro, declarou que testemunhar a homenagem ao pai após 20 anos de ele ter deixado a Andes tinha um significado especial para ela. “Ele fundou a Associação, em 2006, quando se discutia a mudança do critério de idade para aposentadoria dos magistrados. Essa foi a primeira pauta levada adiante pela Associação e foi vitoriosa. Isso é muito significativo para a família”, disse Heloísa, que teve a companhia da mãe Marlene de Souza Carpena Amorim, viúva do homenageado, e da filha Isabella Carpena Vieira de Mello. 

O desembargador Wagner Cinelli, presidente dos Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (Cogens) de 1º e 2º Graus, falou da grata felicidade de conviver com o desembargador Carpena, em duas oportunidades: primeiro na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) e, depois, na Corregedoria Geral da Justiça, onde foi juiz auxiliar de Carpena Amorim. “Presenciei o empenho dele na fundação da Andes. O desembargador tinha essa consciência associativa e trabalhou muito por isso. Ele marcou o Tribunal pelo profissional que foi”, afirmou.  

 

 

À esquerda dois homens, um de terno cinza e outro de terno azul marinho, estão posicionados ao lado de três mulheres, duas senhoras, uma de vestido estampado de folhagem e outra de vestido branco e a terceira com vestido de estampa floral vermelho e verde sobre fundo branco. Ao lado delas está outro homem de terno azul marinho. Todos posam para uma foto com o retrato de um homem homenageado  na parede

Os desembargadores Claudio Dell"Orto, diretor-geral da Emerj, e Fabio Dutra, presidente da Andes, com Marlene, Heloisa e Isabella Carpena Amorim e o orador da cerimônia, desembargador Sergio Cavalieri

O desembargador Fabio Dutra, presidente da Andes, afirmou lembrar do Dr. Carpena com muito carinho “porque ele teve a consciência de que existem interesses e prerrogativas diferentes que também precisam ser protegidos, como a dos desembargadores”.

Orador da homenagem, o desembargador aposentado Sergio Cavalieri Filho, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) no biênio 2005-2006, contou a estratégia utilizada por Carpena Amorim para reduzir a divergência de ideia de juízes de primeiro grau e desembargadores sobre a idade limite para a classe se aposentar.  “A Amaerj torcia pelos 65 e os desembargadores queriam se aposentar aos 70. Carpena Amorim deu a ideia de realizar um congresso com todos no Rio de Janeiro. E nesse evento conseguiu defender e harmonizar a ideia da aposentadoria aos 70 entre desembargadores e corregedores”, revelou o desembargador.

Participaram da cerimônia o diretor-geral da Emerj, desembargador Cláudio Luís Braga dell'Orto; o presidente da Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Amperj), procurador de Justiça Cláudio Henrique da Cruz Viana; magistrados, amigos e familiares do desembargador Manoel Carpena Amorim.

Por Ultima Hora em 25/02/2025
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