Autoescolas na mira: Quando o Detran resolve brincar de xerife no trânsito

O Detran-GO decidiu pegar pesado com as autoescolas e lançou a seguinte pérola: se não aprovarem pelo menos 60% dos alunos nos exames práticos, elas podem ser descredenciadas. É isso mesmo, minha gente, o órgão que deveria ser exemplo de eficiência resolveu ensinar moral e boas práticas aos Centros de Formação de Condutores (CFCs).

De 609 autoescolas avaliadas até dezembro, só 406 alcançaram o índice mínimo. E o que acontece com as outras? Bem, elas têm três meses para melhorar ou será "game over". A justificativa? Preparar motoristas mais responsáveis e, quem sabe, diminuir o número de barbeiros que transformam cada esquina em uma roleta russa.

O discurso até soa bonito, mas vamos combinar: o problema não é só das autoescolas. Alguém já viu como funcionam as provas práticas? Um verdadeiro show de subjetividade, onde até o vento pode te reprovar. E aí, quem paga a conta? Claro, o aluno, que entra na roda viva dos retestes e desembolsa cada vez mais para conseguir a tão sonhada CNH.

Ah, e tem mais! O presidente do Detran-GO, Waldir Soares, apareceu com aquele tom professoral dizendo que a medida também vai baratear o custo da habilitação. Baratear? Só se for para ele, porque para o cidadão comum, reprovação virou sinônimo de financiamento a longo prazo.

Enquanto isso, o trânsito segue um caos. A cada dia surge um novo "piloto de fuga", transformando rotatórias em pistas de rally. Será que exigir um índice mínimo de aprovação vai mesmo melhorar o trânsito? Ou será só mais uma tentativa de fingir que algo está sendo feito?

No fim das contas, o Detran promete um trânsito mais seguro e menos custoso. Mas a pergunta que fica é: isso tudo é para resolver o problema ou só para jogar o abacaxi nas mãos das autoescolas? A resposta, como sempre, só o tempo dirá.

Por: Arinos Monge.