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Em uma jogada audaciosa, a São Clemente leva para a Sapucaí uma comissão de frente que personifica cães e gatos, desafiando as restrições do regulamento que proíbe a presença de animais vivos nos desfiles. Aylla Amancio falou sobre os bastidores da preparação, que contou com a expertise de veterinários e adestradores, transformando bailarinos em verdadeiros "cães e gatos" na avenida.
A São Clemente, escola conhecida por sua irreverência e ousadia, promete causar impacto no próximo Carnaval com uma comissão de frente que personifica cães e gatos. A escolha, no entanto, desafia o regulamento da Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA), que proíbe a participação de animais vivos nos desfiles. Para contornar essa restrição e garantir uma apresentação impactante e emocionante, a escola apostou em uma preparação minuciosa, que envolveu a colaboração de veterinários comportamentalistas e adestradores especializados em diversas raças, transformando os bailarinos em verdadeiros "cães e gatos" na avenida. Aylla Amancio, fala da comissão de frente, que revelou a ideia que surgiu da vontade de homenagear os animais de estimação, que são parte integrante de muitas famílias, e de conscientizar o público sobre a importância da adoção responsável e do combate aos maus-tratos. "Queríamos levar para a avenida uma mensagem de amor e carinho pelos animais, mostrando a beleza, a inteligência e a expressividade de cães e gatos, e ao mesmo tempo, alertar para a necessidade de cuidarmos bem deles",
A preparação da comissão de frente foi um desafio complexo, que exigiu muita dedicação, pesquisa e um profundo mergulho no universo animal. Os bailarinos participaram de workshops intensivos e palestras com veterinários comportamentalistas e adestradores, que compartilharam seus conhecimentos sobre o comportamento canino e felino, a linguagem corporal específica de cada espécie e as características de diferentes raças, desde o brincalhão Golden Retriever até o independente Persa. "Foi fundamental entender como os animais se movem, como eles se comunicam uns com os outros e com os humanos, como eles expressam suas emoções, desde a alegria até o medo", contou Os bailarinos também tiveram a oportunidade de interagir diretamente com cães e gatos de diferentes raças e personalidades em abrigos e ONGs parceiras, observando seus hábitos, suas brincadeiras, suas interações sociais e suas reações a diferentes estímulos ambientais. "Essa experiência foi muito enriquecedora, pois nos permitiu capturar nuances e sutilezas que não poderíamos ter aprendido apenas em livros ou vídeos. Por exemplo, a forma como um gato espreita antes de pular ou como um cão abana o rabo de diferentes maneiras para expressar diferentes emoções", Além disso, a equipe da comissão de frente assistiu a horas de documentários e vídeos de animais em diferentes situações, analisando seus movimentos, suas expressões faciais, seus padrões de comportamento e suas reações a diferentes estímulos sensoriais, como sons, cheiros e toques. O objetivo era criar uma coreografia que fosse o mais autêntica e fiel possível ao comportamento natural dos animais, evitando caricaturas exageradas ou estereótipos simplistas.
Por; Aylla Amâncio
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