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Região recebe esses grandes empreendimentos em função da disponibilidade de terrenos com metragens generosas
O momento positivo do mercado imobiliário do Rio voltou a jogar holofotes sobre a Barra da Tijuca. A região da cidade que mais tem terrenos para abrigar grandes empreendimentos vive um boom de criação de novos “bairros”. A Sensia estreia no mercado carioca com um condomínio próximo ao Via Parque, a Calper está construindo o Cidade Arte no Centro Metropolitano, e a RJZ Cyrela tem quatro empreendimentos em uma gleba nas proximidades do campo de golfe olímpico, onde a Patrimar também desenvolve o Atlântico Golf e o Oceana Golf.
Além disso, o último terreno livre no primeiro bairro planejado da Barra, o Rio 2, está sendo ocupado por um novo condomínio, o Grand Quartier, parceria da Patrimar com a Carvalho Hosken.
Para complementar esse festival de lançamentos, a Capital 1 vai devolver aos cariocas a Torre H, o arranha-céu redondo na Avenida das Américas, com 120 metros de altura, um projeto assinado por Oscar Niemeyer, cuja obra foi paralisada em 1984. O Niemeyer 360° Residences será o edifício residencial mais alto da cidade. Resta a pergunta: tem comprador para tudo isso? A julgar pelo sucesso do Grand Quartier, há, sim.
— Apenas 48 horas após o lançamento de três torres do Grand Quartier Rio 2, em outubro, 185 apartamentos já tinham sido vendidos, um recorde que equivale a R$ 210 milhões em VGV do empreendimento. E é exatamente por causa desse resultado expressivo que vamos antecipar para 25 de novembro o lançamento da última torre, com 135 unidades — comemora o CEO da Carvalho Hosken, Carlos Felipe de Carvalho.
A construtora foi pioneira em bairros planejados na Barra: fez Rio 2, Cidade Jardim, Península e Ilha Pura e ainda tem terrenos para erguer novos bairros planejados. Um deles é o Outeiro, na região chamada de Barra Olímpica — e ainda há áreas disponíveis na Península e no Centro Metropolitano, onde a Calper está desenvolvendo o Cidade Arte, com 2,5 mil unidades.
O projeto terá como destaques o parque central de 50 mil metros quadrados de lazer, a fachada viva integrada ao paisagismo do entorno e um sistema de segurança que usa inteligência artificial para controlar entradas e saídas.
— É um bairro inteiramente novo que vamos construir em 48 meses. A área do Centro Metropolitano vai crescer muito — estima o CEO da Calper, Ricardo Ranauro.
Em outro ponto da Barra, próximo ao campo de golfe olímpico, a RJZ Cyrela tem quatro empreendimentos de alto padrão: Concept, Mudrá Full Living, Latitud Condominium Design e Orygem Acqua Home. Na gleba próxima à Avenida Rosauro Estelita, a incorporadora oferece 637 unidades, mas há espaço para novos residenciais.
—A região do campo de golfe é uma das mais valorizadas da Barra da Tijuca. Como o mercado voltou a crescer após a pandemia, mantivemos a aposta em produtos de alto padrão — diz o diretor de Incorporação da RJZ Cyrela, Carlos Bandeira de Mello.
TORRE H
Por falar em aposta, a Capital 1 está botando suas fichas no Niemeyer 360° Residences, novo nome da Torre H, que terá 448 unidades. O prédio fazia parte do Plano Lúcio Costa, que previa, em 1969, a construção de 76 torres cilíndricas na Barra, projetadas por Oscar Niemeyer. Apenas três foram erguidas.
As obras da torre foram interrompidas por problemas financeiros da Desenvolvimento Engenharia, cuja falência foi decretada em 2006. Para tocar a obra, a Capital 1 adquiriu 85% dos apartamentos em leilões da massa falida ou diretamente com os proprietários originais. Os outros 15% toparam participar da nova empreitada.
— A qualidade do projeto e da estrutura tornou nossa tarefa muito tranquila. Nos apartamentos, resgatamos o projeto da planta original de Niemeyer com cozinha americana e realizamos seu desejo de usar vidros e materiais mais nobres — conta o sócio da Capital 1 Antonio Carlos Osorio.
Barra da Tijuca enfrenta um verdadeiro pesadelo no trânsito
As avenidas Ayrton Senna, Abelardo Bueno, Salvador Allende e das Américas foram fortemente impactadas, registram retenções significativas diante do boom imobiliário da região e obras do BRTs que tiraram duas vias essenciais. Além disso, a Linha Amarela, no sentido Barra, também sofre com congestionamentos.
A situação ficou tão crítica que alguns moradores da região relataram que levam incríveis 2 horas para percorrer um trajeto que normalmente levavam apenas 40 minutos.
O caos no trânsito da Barra da Tijuca serve como alerta para a necessidade de investimentos em mobilidade urbana na cidade. A população clama por soluções eficazes que possam aliviar o estresse diário no tráfego.
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