Bolsonaro está no foco central da CPI da Covid

O foco central das investiga

Ao se avaliar a entrevista coletiva  concedidas a jornalistas pelos senadores titulares da CPI da Covid instalada ontem (27/04) no Senado Federal, o foco central das investigações visa frontalmente o governo federal, e com isso o presidente Jair Bolsonaro será bombardeado durante os trabalhos dos parlamentares. 

Um sinal latente foi dado após o presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI), tido como um dos quadros aliados do governo na CPI, declarar seu voto no senador Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito. De toda forma, a eleição de Aziz já era esperada, pois senadores opositores e independentes somavam sete dos 11 titulares da CPI. 

Criticas a Renan 

O senador do PSD fez um acordo com a maioria do colegiado para indicar o senador Renan Calheiros (MDB-AL) para a relatoria. O emedebista não só é crítico do presidente de Jair Bolsonaro como também é aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  

Foi surpresa o voto de Nogueira por que contraria o que ele disse na sexta-feira passada, dia (23/04). O senador criticou a escolha do senador Renan Calheiros como relator da CPI da COVID. "Em mais de duas décadas no Congresso Nacional, é a primeira vez que eu vejo uma candidatura de um 'meio' relator em uma CPI. Se o senador Renan Calheiros se vê impedido, e nisso está correto, que seja escolhido um relator imparcial para conduzir os trabalhos de uma CPI tão relevante", afirmou, por meio do Twitter. 

Flávio Bolsonaro 

O senador Flávio Bolsonaro foi o responsável pela principal defesa do governo federal na sessão que inaugurou a CPI da COVID.  

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Embora não seja membro da comissão, o filho do presidente Jair Bolsonaro atacou o relator da investigação, a quem acusa de parcial, e criticou até o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), subindo o tom e foi chamado por ele de "irresponsável" e "ingrato". Só para lembrar, o senador do DEM foi eleito para o comando da Casa, em fevereiro, com ajuda do Palácio do Planalto. 

Convocação dos Ministros da Saúde 

Podemos avaliar o que será a primeira fase da CPI, a partir da agenda encaminhada pelos integrantes da comissão, pontuada pela convocação dos quatro ministros que ocuparam o Ministério da Saúde. Na ordem todos chamados para prestar depoimentos na condição de testemunhas, não de investigados.  

A próxima reunião ficou marcada para quinta-feira (29/4), quando esse planejamento escrito por Renan será votado. Também serão colocados em votação os primeiros requerimentos para convocação de testemunhas e pedidos de informações. 

Por: Roberto Monteiro Pinho/BBC News/Reuters/em.com/Forbes/Imagens: Globalizado.com