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Na minha visão, como jornalista e analista político, Caiado está fora do jogo presidencial. E digo isso com a frieza dos fatos e a clareza de quem acompanha de perto os bastidores da política goiana e nacional. O que se vê hoje é um governador tentando vender uma candidatura que não empolga, não une, não cresce.
O sonho de Ronaldo Caiado de disputar a Presidência da República em 2026 já nasce morto. O governador de Goiás enfrenta um cenário de isolamento político crescente e uma rejeição sólida entre os dois maiores polos da política nacional. Sem apoio da direita, sem espaço no centro e com um partido que serve à esquerda, Caiado virou uma figura folclórica no debate sobre sucessão presidencial.
Caiado sempre foi um coronel regional, com forte domínio em Goiás – um estado de importância simbólica, mas pequeno em tamanho e eleitorado. Tentando se vender como alternativa a Lula e Bolsonaro, o governador goiano ignora uma realidade cristalina: ele não tem base nacional, não empolga as massas, e, pior, é rejeitado por quem deveria ser seu principal aliado – o bolsonarismo.
Não custa lembrar: foi Caiado quem virou as costas para Bolsonaro durante a pandemia, fazendo o papel de governador “científico” para agradar a mídia. O bolsonarismo não perdoa. Desde então, o governador goiano virou persona non grata nas fileiras da direita. E agora, quando tenta posar de candidato viável, encontra as portas trancadas em Brasília e até mesmo em Goiás.
Seu partido, o União Brasil, está atolado até o pescoço no governo Lula. Com três ministérios no Planalto, o União virou um puxadinho da esquerda no Congresso. Como Caiado pretende se lançar como alternativa à polarização se ele mesmo é parte da engrenagem petista? O discurso caiadista é vazio, incoerente e oportunista.
E como se não bastasse a falta de apoio, Caiado ainda carrega nas costas suspeitas gravíssimas de corrupção. Em Goiás, circula entre os bastidores e nos bastões da Justiça o escândalo do Hospital Cora, contratado sem licitação pelo governo estadual com cifras altíssimas. A escolha da unidade para atender pacientes do SUS, sem qualquer processo legal transparente, escancarou um modelo de gestão que lembra o velho esquema de lavagem de dinheiro usado por Pablo Escobar: contratos sem licitação, milhões girando fora do controle público e beneficiários ocultos.
E falando em Escobar, uma outra sombra paira sobre Caiado: a morte ainda não esclarecida do jornalista Pabllo Escobar, em Anápolis. Rumores e investigações não concluídas apontam para envolvimentos de figuras próximas ao governador – e até de familiares. O caso permanece em aberto. Não se provou que sim. Mas também não se provou que não. O que permanece é o silêncio ensurdecedor e o clima de impunidade.
Enquanto Caiado tenta manter sua imagem de gestor moderno e ficha limpa, esses episódios corroem sua credibilidade. No Brasil real, o povo já elegeu seus protagonistas – e Caiado não está entre eles.
E a maior prova disso está nas pesquisas de intenção de voto. Caiado não aparece sequer com uma porcentagem relevante. Em cenários espontâneos, ele mal é lembrado. Em cenários estimulados, patina abaixo de nomes que sequer confirmaram candidatura. Um sinal claro de que a sua imagem política não tem apelo nacional. Não empolga. Não representa.
Quem cresce mesmo é Pabllo Marçal. O empresário, comunicador e influenciador digital tem partido (PRTB), milhões de seguidores fiéis, uma linguagem direta com o povo e o comando estratégico de Leonardo Avalanche. Marçal representa uma alternativa viva, popular e ideológica à velha política – exatamente o oposto do que Caiado encarna.
E o movimento do PRTB vai muito além das redes sociais. Leonardo Avalanche está costurando, nos bastidores, uma nova frente de direita unificada para 2026, principalmente diante do risco de inelegibilidade ou prisão de Bolsonaro pelas mãos do STF. A estratégia é ousada e vem ganhando apoio de nomes relevantes:
Senador Cleitinho (MG), com forte apelo popular;
Governador Ratinho Júnior (PR), referência do conservadorismo com gestão;
Prefeito Rodrigo Manga (Sorocaba-SP), fenômeno de votos e ação social;
Governador Romeu Zema (MG), do Novo, liberal e antipolítica tradicional;
Cantor Gusttavo Lima, símbolo do Brasil profundo e com peso de opinião.
Essa movimentação mostra que há vida inteligente e estratégica fora da polarização burra. E quem está orquestrando isso é Avalanche, com Marçal no centro. Uma candidatura que une base, narrativa, estrutura e povo.
Caiado, nesse contexto, está completamente fora do jogo. Seu nome sequer é cogitado entre os movimentos populares, muito menos entre os grandes players nacionais. Enquanto Marçal cresce, Caiado afunda em escândalos, suspeitas, rejeição e números pífios nas pesquisas.
A disputa de 2026 se desenha entre Lula, Bolsonaro (ou alguém do seu legado) e Pabllo Marçal. Fora desse trio, só há coadjuvantes.
E Caiado, na minha visão, é só isso: um coadjuvante cercado por dúvidas, sem apoio, sem voto e prestes a ser esquecido pela história.
Por Leo Machado Verdade – Goiás Verdade
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