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Prestes a desencantar
A PEC da reforma tributária, a mesma que há mais de três décadas é falada, cantada e entoada em verso e prosa pelos corredores do Congresso Nacional pelos parlamentares de ontem e de hoje, promete sair do verbo nesta noite de quinta-feira, 6, que se desenha histórica. E, se depender do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), vai ser.
Protagonista
Arthur Lira está convicto que, ao destravar esse nó de mais de três décadas que se tornou a expectativa de reforma tributária, vai fazer história ao conduzir, como presidente do Parlamento Federal, uma votação tão esperada e tão cara para o governo. Seu passe, capital e poderio político vai ficar mais evidente.
Sem conversa fiada
Pelo segundo dia consecutivo, a maioria do plenário rejeitou requerimentos da oposição para adiar a votação da reforma para o segundo semestre. O desejo da mesa diretora da Câmara é que os dois turnos de votação aconteça ainda na noite desta quinta. Um dos que encabeçou o pedido de adiamento foi a bancada do União Brasil como retaliação ao governo Lula por não trocar a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, por outro indicado do partido. Mas Lira deixou claro que não existe possibilidade de adiamento.
Era uma vez ...
A votação da reforma política e a adesão de parte da oposição bolsonarista deve finalizar com um racha neste grupo político e o enfraquecimento do já cambaleante Jair Bolsonaro (PL). Nos bastidores, é evidente seu descontentamento como o fato tá sendo conduzido e uma certa decepção com aliados de outrora, como o seu "menino dos olhos", o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Presença ilustre
Ministra do Planejamento, Simone Tebet chegou por volta das 20h na Câmara dos Deputados para acompanhar os debates e a votação da PEC da reforma tributária. Ao falar com a imprensa, a ministra afirmou que a revisão tributária do país é o único plano capaz de tirar o país do atraso tributário e da falta de desenvolvimento econômico que perdura, em suas palavras, há pelo menos 40 anos. Ela está convicta que a matéria será aprovada com êxito e arrisca dizer que terá pelo menos 350 votos dos 308 que necessita para ser aprovada.
Preço político
Embora seja uma reforma para beneficiar o país e X ou Y, governo A ou B ou autoridades em geral, nada é de graça e a fatura está sendo cobrada em tempo real. Uma delas são as emendas parlamentares bilionárias, que já estão sendo empenhadas pelo governo federal e a promessa dada ao União Brasil de que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, seta trocada nos próximos dias pelo deputado federal Celso Sabino ( União-PA).
Essa outra fica
Também alvo da cobiça dos deputados do Centrão, que pressionavam o governo Lula pela demissão da ministra da Saúde, Nísia Trindade, para um aliado deles ocupar o cargo, o próprio presidente disse, em alto e bom som, ontem, 5, que ela fica. Sem mudanças, até segunda ordem, no Ministério da Saúde.
Segundo round
Se a reforma tributária vencer na Câmara, a bola passa para o Senado no segundo semestre e, se tudo correr como o Planalto e aliados planejam, o presidente Lula deverá estar sancionada a emenda constitucional ainda este ano. Aí, a próxima batalha será a Lei Complementar para ratificar tudo que foi acordado na reforma.
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