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Na semana da criança, Adriana Zaru usou toda a sua criatividade com bulas e caixas de remédios para criar o cabelo maluco do filho, Jorge, de cinco anos, para ir à escola. “Filho de técnica de enfermagem tem que representar bem a saúde. Eu tinha que sobreviver para participar de todas essas aventuras com ele”, conta a mamãe, emocionada, que engravidou do caçula enquanto enfrentava um tratamento de câncer de mama. Na ocasião, ela fazia curso técnico para se aperfeiçoar na carreira.
“Foi na sala da saúde da mulher, durante uma aula, que eu fiz o autoexame e apalpei o nódulo. No início, fiquei tranquila, pois estava com meus exames em dia”, lembra a profissional, à época com 38 anos. Porém, depois que saiu o resultado da biópsia, ela foi diagnosticada com tumor de grau 1, em estágio inicial. Em novembro de 2018, após uma bateria de exames, Adriana passou por uma cirurgia para a retirada de parte da mama.
Alguns dias depois de ser operada, já em casa, ela se deu conta que a menstruação estava atrasada. Mãe de Jade, Anna Júlia e Natália, Adriana não planejava engravidar de novo. “Imaginei todas as situações possíveis para a ausência do sangramento, como sintomas psicológicos ou até mesmo efeito colateral de alguma medicação, menos que pudesse estar grávida. Fiz vários testes de farmácia que positivaram, mas, só após o resultado positivo do exame de sangue, a ficha caiu. E, ali, o meu mundo também caiu. Não aceitava gerar uma vida dentro de um diagnóstico daqueles. Imaginei que, mesmo que sobrevivesse, o Jorge pudesse ter muitas sequelas, por isso, sofri bastante”, diz Zaru.
Quando estava na 13ª semana de gravidez, ela se submeteu à quimioterapia. Durante o período, o cabelo caiu, a barriga começou a aparecer, mas o medo de o filho ser prejudicado pela medicação oncológica não passava. “Mesmo com o médico dizendo que o bebê estava protegido pela placenta, que não corria nenhum risco, eu só pensava no pior”, recorda Adriana, que se apegou ao filho quando sentiu ele mexer, pela primeira vez, em uma das sessões de quimioterapia.
Jorge nasceu com mais de 3 quilos por meio de parto normal. “Não pude amamentar como nas outras gestações, mas fiquei imensamente grata por ele chegar com tanta saúde ao mundo”, emociona-se. Após ser liberada pela equipe médica, Adriana fez 25 sessões de radioterapia. Atualmente, ela passa por um tratamento com medicação no setor oncológico da Qualivida, da Hapvida NotreDame Intermédica. Além de curtir o marido, as filhas e a netinha Maria, de 2 anos, a técnica de enfermagem se realiza trabalhando no Hospital do Coração de Duque de Caxias (HSCOR).
“Tenho muito orgulho de trabalhar na área da saúde. Poder ajudar quem está passando por um momento difícil com minha história de superação é gratificante. O câncer não foi meu vilão, e sim meu professor”, finaliza.
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